Um Lugar Silecioso

O interesse por algum filme que você desconhece geralmente nasce com um bom trailer. Lógico que temos por aí vários deles que nos enganam. Temos aqueles trailers que nos empolgam e na hora do vamos ver não é nada disso do que você imagina, assim como também temos aqueles que vamos ver e são melhores do que pensávamos. “Um Lugar Silencioso” certamente se encaixa na segunda categoria descrita. Certamente ele já chega como uma das grandes surpresas do ano e com uma história de fazer o seu coração parar de tanta tensão colocada em tela.

Sinopse: “Em uma fazenda nos Estados Unidos, uma família do Meio-Oeste é perseguida por uma entidade fantasmagórica assustadora. Para se protegerem, eles devem permanecer em silêncio absoluto, a qualquer custo, pois o perigo é ativado pela percepção do som.”

Não me lembro da última vez que fiquei tão tenso vendo um filme. Daquelas tensões que você coloca a mão na boca para não gritar (que coincidentemente ou não combina com o clima) e que respira fundo para não fazer qualquer tipo de barulho. Esse foi o clima em que fiquei ao ver esta maravilhosa obra de arte. Alguns dirão que estou exagerando, e até podem ter razão nessa afirmação, mas ainda assim não mudo meu sentimento perante esta película.

A escolha do elenco foi um tiro certeiro para nos apegarmos e sentirmos o drama da família que protagoniza a história. Nomes liderados por John Krasinski (da série The Office que aqui também é creditado como o diretor do longa) e Emily Blunt (No Limite do Amanhã) que são casados na vida real, e aqui vivem o drama de dois pais que tentam sobreviver e ao mesmo tempo salvar seus filhos das criaturas pavorosas que permeiam a história. Ainda no elenco contamos com a novata Milicent Simmonds (Sem Fõlego) que faz a filha surda do casal, que acaba se tornando peça importante na trama, e seu outro filho vivido por Noah Jupe (Extraordinário) que é o caçula e o menos preparado para enfrentar os perigos desse novo mundo.

Muitos dirão que os erros perpetuados pelos pais foram idiotas e que não são plausíveis, mas tais erros são as peças que justamente fazem o drama rolar e que deixa a história maior do que ela realmente é. Não percam tempo também tentando entender que tipo de criaturas são essas, quem são e de onde elas vieram, Isso não importa para o enredo. Elas estão lá apenas para preencher o drama da família Abbott e fazer com que eles cresçam como pessoas e como família, mesmo que seja tarde demais para alguns.

Um excelente longa, e recomendo que vejam no cinema com silêncio absoluto. A imersão será muito maior do que o normal e certamente sairá satisfeito com o que for visto.