Projeto Gemini

Um grande entretenimento, onde duas horas passam sem causar o menor tédio. As cenas de ação e explosão são impecáveis, e contamos ainda com uma pequena crítica reflexiva. Porém, só é possível aproveitar o longa se você conseguir passar por cima da cara de novela e das propagandas massivas.

Sinopse: “Henry Brogan é um assassino de elite que se torna o alvo de um agente misterioso que aparentemente pode prever todos os seus movimentos. Ele logo descobre que o homem que está tentando matá-lo é uma versão mais jovem, rápida e clonada de si mesmo.”

Enquanto os mais religiosos abominam a clonagem, alegando ser o homem brincando de Deus; alguns progressistas sonham com o aperfeiçoamento da técnica. Vários filmes já nos mostraram as atrocidades que o ser humano é capaz de cometer na busca da arma perfeita. Seja com bombas, soldados imortais, armas biológicas, etc. Até mesmo o assunto da clonagem não é novidade, como vemos em “Alien a ressurreição”(1997). Para estes, os fins justificam os meios e não importa quem se machuca no processo.

Além do tema da clonagem, há aqui o discurso de que a genética nos define. Não há como fugir de quem você foi programado biologicamente para ser. Segundo o diretor Ang Lee(As Aventuras de Pi), se pudéssemos viver inúmeras vezes, começar de novo, nós cometeríamos os mesmos erros, teríamos as mesmas atitudes, os mesmos traços de personalidade, o mesmo comportamento, não importando a época ou a criação.

Há aqui também um momento catártico, onde você precisa perdoar quem você foi um dia, aceitar a sua essência para poder seguir em frente. Lembrando o fim do filme “Rocketman”, onde Elton John abraça a si mesmo quando criança. E ainda, vemos que em uma versão mais jovem, pode-se ter mais agilidade em cima de uma motocicleta, mas na arte da estratégia, a experiência impera.

Os efeitos para fazer o excelente ator, Will Smith voltar a ter 23 anos são impecáveis, é fácil ver isso comparando os dois personagens centrais ou até mesmo lembrando dele em “Um Maluco no Pedaço”, série que deu origem a sua carreira. Outra escolha acertada foi a atriz Mary Elizabeth Winstead (Duro de Matar 4.0), que está ótima nas cenas de ação.“Projeto Gemini” é altamente recomendável para fãs de “Orphan Black”!