Malévola: Dona do Mal

Qual seria a lógica de ter continuações de filmes com uma história fechada já resolvida em seu único debut? Ter realmente algo novo para contar ou “lucramos muitos milhões, vamos lucrar mais milhões”? Não quero julgar o real motivo, pois para mim o que é importa é se a história é boa e se realmente vale a pena. Algumas vezes saio satisfeito, outras saio decepcionado. No caso desta continuação de Malévola (2014) eu diria que não é nem um nem outro, mas ao menos temos bastante diversão.

Sinopse: “Em Malévola: Dona do Mal, uma sequência do sucesso de bilheteria global de 2014, Malévola e sua afilhada Aurora começam a questionar os complexos laços familiares que as prendem à medida que são puxadas em direções diferentes por casamentos, aliados inesperados e novas forças sombrias em jogo.”

Esse é o tipo de filme que sem saber você olha e diz “esse filme é da Disney”. Ele visualmente é lindo demais. Todos os seres mágicos são incríveis e as cores são extremamente lindas. Queria realmente que esses seres fossem reais. Deixariam o nosso mundo muito mais lindo. Ele não só é bonito como também tem uma grande batalha que realmente me fez ficar mais atento a tela. O meu grande problema é aquele final padrão de conto de fadas, em que temos mil mortos mas fica tudo bem e ainda vão celebrar um casamento enquanto os figurantes catam os corpos para enterrar. Até mesmo a vilã que é maldosa até a alma também está nesse final de sessão da tarde que acaba todo mundo sorrindo e feliz.

Quem domina mesmo aqui são as mulheres. Elas são os destaques de longe. Até temos atores coadjuvantes bons como o de Chiwetel Ejiofor (12 Anos de Escravidão), mas não se destaca como deveria. Agora quando Angelina Jolie (Garota, Interrompida) aparece em tela, parece que ficamos enfeitiçados com sua beleza, assim como sua afilhada vivida por Elle Fanning (Super 8), que apesar de só fazer besteira não é uma total inútil. As duas juntas com a fotografia são como seres realmente mágicos. E não deixarei a “bruxa má” de fora, tenho que destacar Michelle Pfeiffer (Ligações Perigosas) que nos faz ter raiva com o seu plano malvado e cruel, e torcer para que parem ela.

Não há nada de muito especial nesse longa, mas a diversão está ali. Saiba que é bem padrão “conto de fadas” com alguns rompantes de aventura que vai divertir e não vai fazer sua ida ao cinema ser a toa. Não consigo precisar se esse é melhor que o primeiro, acho que posso dizer com segurança que são filmes bem parecidos em sua narrativa. Então se gostou do anterior certamente gostará desse também. Se não gostou, não precisa ir perder seu tempo. Caso ainda esteja na dúvida, vá pela Angelina Jolie.