Power Rangers (2017)

Sem entregar a minha idade, venho aqui dizer que sempre amei os tokusatsus japoneses como Changeman e Flashman, sempre adorei esse lance de equipes, cada um de uma cor, e sempre me imaginava como um deles, já um pouco maior, eu fui apresentado aos heróis toksatsus americano com a mesma pegada dos japoneses, e esses heróis tinham o nome de Power Rangers. Não digo que acompanhei todas as temporadas, mas sou muito fã dos anos iniciais, que se tornam a base desse primeiro longa, que se for bem, será só o início.

 

Sinopse: “A jornada de cinco adolescentes que devem buscar algo extraordinário quando eles tomam consciência que a sua pequena cidade Angel Grove – e o mundo – estão à beira de sofrer um ataque alienígena. Escolhidos pelo destino, eles irão descobrir que são os únicos que poderão salvar o planeta. Mas para isso, eles devem superar seus problemas pessoais e juntarem sua forças como os Power Rangers, antes que seja tarde demais.”

 

Confesso ter ido ver o filme bem cético, apesar de ter gostado dos trailers, eu jurava que não gostaria do filme, e para minha surpresa eu me diverti demais. O longa tem um tom bem mais sério que a série de TV, mas o humor foi inserido de uma forma ótima, sem ser forçado e que temos realmente uma vontade de rir, mesmo que só de canto de boca. O humor está caracterizado principalmente pelo Ranger Azul, Billy Cranston (vivido por RJ Cyler), nesta versão ele tem um nível de autismo, que por causa disso são criadas as melhores piadas do longa.

 

Uma preocupação notada foi com a diversidade dos personagens, em tempos que o preconceito está em alta, é importantíssimo terem personagens com diferenças étnicas e de escolhas sexuais diferenciadas, mesmo que o assunto não seja tocado explicitamente, você percebe que teve uma preocupação em relação a isso, principalmente por serem adolescentes, onde os dilemas são realmente importantes e complicados.

 

Os novos atores escalados para serem os novos rangers não decepcionam, são eles: Dacre Montgomery (Ranger Vermelho), Ludi Lin (Ranger Preto), o já citado RJ Cyler (Ranger Azul), Becky G (Ranger Amarela) e Naomi Scott (Ranger Rosa). Estes conseguem mostrar serviço mesmo na presença poderosa de Bryan Cranston (Zordon), que tem sua origem também contada. Ainda temos o Alpha 5 (voz de Bill Hader), o robô alienígena que eu odiava na série, mas que aqui ficou até simpático. A direção de Dean isarelite (Projeto Almanaque) não decepciona e nos mostra cenas de ação incríveis.

 

Para a galera que acompanhava a série não falta “fã service”, desde a música clássica (go go Power Ranger), passando por batalhas com os zords e terminando com participações de dois rangers originais, simplesmente para se arrepiar e bater palmas (eu fiz isso).

 

Apesar de toda a empolgação, o filme tem algumas falhas e resoluções fáceis que não chegam a atrapalhar toda a diversão. A aparição da Rita Repulsa (Elizabeth Banks) é forçada que dói, e talvez a demora para ver os personagens vestidos com as armaduras de ranger deva incomodar um pouco, mas relaxem, faz parte da catarse final.

 

Esperemos que faça um sucesso absoluto para que sejam confirmados novos longas, e que já digo, estarei no cinema para ver as possíveis continuações.

 

ATENÇÃO: Tem cena pós crédito e eu fiquei bem feliz com ela.