Trainspotting 2

Após 20 anos do primeiro Traispotting, eis que surge a sua continuação baseado no livro “Porno” de Irvin Welsh, onde a história se passa 10 anos dos acontecimentos do primeiro longa. Na época, Danny Boyle (Trainspotting – Sem Limites, 127 Horas) achava que os atores estavam muito novos e precisava de um envelhecimento de seus personagens, e então 2016 foi o ano em que foi decidido fazer a continuação.

Sinopse: Renton (Ewan McGregor) retorna à cidade natal depois de vinte anos de ausência. Hoje, ele é um homem novo, com um emprego fixo e livre das drogas. Os amigos não tiveram a mesma sorte: Sick Boy (Jonny Lee Miller) comanda um comércio fracassado, Spud (Ewen Bremner) continua dependente de heroína e Begbie (Robert Carlyle) está na prisão. Aos poucos, Renton revela que sua realidade não é tão positiva quanto ele mostrava, e volta a praticar os crimes de antigamente.”

É simplesmente maravilhoso rever os personagens de volta, se passaram 20 anos, mas a sensação é que nada mudou para eles, continuando com os mesmos problemas de antigamente. A história do filme é toda baseada nos acontecimentos do primeiro, tanto que o uso de flashback chega a ser excessivo, mesmo que em pequenas cenas, como se dissesse “lembra disso?”, mas certamente o fã vai curtir e rir com todas as referências.

Como o tempo passou, você sente um amadurecimento nos personagens, apesar de toda loucura que os permeia , é nítido que no decorrer do longa eles se tornam mais adultos, isso visto mais claramente no personagem do Spud (Ewen Bremmer) onde consegue finalmente achar algo em que é bom.

A direção do Danny Boyle é sempre fantástica, com seus movimentos ágeis e “videoclípticos”, onde conseguem deixar a história bem dinâmica e com muitas explicações simples. O elenco se encontra na média, Ewan McGregor (Mark Renton), Jonny Lee Miller (Simon “sick boy) e o já citado Ewen Bremmer fazem o básico, enquanto Robert Carlyle (Begbie) dá o show, impossível não rir com todos os exageros psicopatas do personagem.
As músicas tocadas  não devem em nada às do primeiro longa, elas conseguem embalar o filme, em momentos até se tornam parte da história e acabamos nos empolgando com elas, já que são marcadas em momentos decisivos.

Uma ótima continuação, não tão inovadora, mas mantendo o nível de seu predecessor, agora é só esperar que venha, talvez, uma continuação, que eu certamente adoraria ver.