Midway – Batalha em Alto Mar

Eu sou suspeito para falar sobre qualquer gênero de filme, pois amo demais todos eles. Seja drama, documentário, terror, comédia, mas lógico que sempre temos aquele favorito em meio a todos. E vou citar 2 pelos quais  sou apaixonado: um deles é a ficção científica e o outro é filmes da Segunda Guerra Mundial (nem sei se isso é um gênero por si só), mas essa temática me fascina demais. Midway – Batalha em Alto Mar não me decepciona, e me deixa feliz com histórias de coragem e determinação mesmo que tenha uma pegada bem piegas e clichê, do tipo que faz um norte-americano chorar por ter orgulho de sua nação.

Sinopse: “O filme traz a perspectiva de soldados e aviadores (americanos e japoneses) que lutaram bravamente durante a Batalha de Midway, no Oceano Pacífico em junho de 1942. Através de mensagens codificadas, a Marinha Americana conseguiu identificar a localização e o horário dos ataques previstos pela Marinha Imperial Japonesa. Até hoje a disputa é considerada pelos historiadores como um dos pontos mais relevantes para o fim da Segunda Guerra Mundial.”

É difícil respirar assistindo esse longa, desde o início até o final. Temos uma ação quase ininterrupta, o que poderia ser muito cansativo, mas não foi essa a sensação que tive. A batalha que é travada em Midway realmente é muito boa e nos faz ficar o tempo todo apreensivos de que vão falhar na missão. Acredito que toda a sensação real dessa batalha foi passada aqui. Todo o processo que leva até a chegada da batalha final também é muito boa, mostrando desde o ataque a Pearl Harbor, passando por todo processo da Inteligência até o plano final que é de ficar com o coração na boca.

A direção de Roland Emmerich (O Dia Depois de Amanhã) é muito boa e nos faz sentir realmente no meio da batalha, onde em certos momentos pode até causar uma vertigem devido ao mergulho dos aviões, fazendo você se segurar na cadeira de tanto nervoso. As cenas de ação e os efeitos empregados são muito bem feitos. Lógico que nem tudo são flores e a sua vontade de mostrar o patriotismo norte-americano me fez virar os olhos em certas cenas. O diretor utilizou bastante este recurso em Independence Day (1996), e aqui, faz parecer em certos momentos uma propaganda partidária para votar em alguém, com direito a foto e aquele texto de o que aconteceu com cada personagem ao fim do filme, bem brega. Ele até mesmo tem medo de incomodar os japoneses e tem que mostrar toda a honra do povo do Japão, mostrando que nem todo mundo é do mal.

O elenco é algo inacreditável. Parabéns para esse casting maravilhoso e só com atores ótimos. Entre eles cito Patrick Wilson (Invocação do Mal), Woody Harrelson (Zumbilândia), Luke Evans (A Bela e a Fera), Dennis Quaid (Alta Frequência), Aaron Eckhart (Obrigado por Fumar), Mandy Moore (|Enrolados), e outros mais. O erro foi ter escolhido Ed Skrein (Deadpool) para o papel principal. Ele tem uma cara de vilão que não conseguiu me convencer de jeito nenhum de que ele é o mocinho da história. Outra coisa que me incomodou também foi o fato de jogarem personagens na trama só para mostrar que eles existiram de verdade, deixando o contexto muito esquisito e sem motivo, já que não vão contar a história de tal personagem.

Se for um grande apreciador dessa temática esse longa será um prato cheio  para você. Excelentes momentos com grandes cenas de ação são o grande ponto forte aqui. Recomendo verem Pearl Harbor também, filme de 2001 que mostra mais a fundo o ataque a base naval dos Estados Unidos. O que motivou os norte-americanos a entrarem na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados, que até então estavam neutros. Ele complementa e casa muito bem com Midway.