A Grande Mentira

Filmes que envolvem golpistas sempre tem o mesmo cliché. Caso não saiba do que estou falando, é melhor deixar assim, pois dessa forma seu final não será estragado. Não que haja também muitos filmes com essa temática, mas quando tem é certo o que vai acontecer. Saber disso me cortou um pouco do grande barato do longa. O que talvez pudesse ser uma grande surpresa, acabou sendo algo que já estava esperando. No final, acaba sendo uma história mediana com boas atuações.

Sinopse: “O golpista Roy Courtnay (McKellen) mal consegue acreditar em sua sorte quando conhece a viúva endinheirada Betty McLeish (Mirren) online. Quando Betty abre sua casa e vida para ele, Roy fica surpreso ao perceber que está se afeiçoando a ela, transformando o que deveria ser somente mais um golpe na corda bamba mais traiçoeira de sua vida.”

Não saber o tom do filme me prejudicou um pouco. Ao começar, poderia jurar que penderia para a comédia, mas aos poucos ele foi se mostrando muito sério. Tão sério que teve momentos em que eu fiquei chocado com o tipo de violência usada. E só aí eu percebi o verdadeiro tom dele. Confesso que nesse momento ele já não parecia tão empolgante assim. As reviravoltas já tinham sido cantadas por mim bem antes de acontecerem e isso prejudicou bastante o modo de olhar para ele.

Apesar de achá-lo bem morno, é preciso destacar as atuações aqui de dois monstros do cinema: Ian MacKellen (da trilogia do Senhor dos Anéis) e Helen Mirren (A Rainha). Certamente eles levam todo o filme nas costas e é incrível como eles fazem a atuação parecer fácil demais. É muito bom vê-los atuando juntos e isso para mim foi o suficiente para aceitar esse longa. No geral, gosto da direção de Bill Condon (Chicago), mas aqui ela é simples e não há nada que mereça realmente ser destacado.

No geral, achei apenas ok. Uma direção nada especial com uma história morna e batida, mas que possui um poder de atuação gigante, que para mim é o que leva e é o que mais se destaca. Para alguns ele pode ser novidade, e para essas pessoas é bem provável que suas reviravoltas sejam boas e grandiosas. Ultimamente tenho destacado bastante outros filmes que remetem ao filme que venho escrevendo aqui na resenha. Mantendo essa pequena tradição, vou indicar um filme argentino de 2000, chamado Nove Rainhas. Um filmaço na mesma temática de A Grande Mentira.