No fim dos anos 80 o gênero terror ganhou uma nova vertente chamada found footage (filmagens em forma de documentário ou filmagens perdidas) a técnica atingiu seu auge com o filme “A Bruxa de Blair” (1999) que devido ao grande sucesso teve duas continuações e foi massivamente copiado.  Em 2009 o estilo ganhou cara nova com “Atividade Paranormal”. O diretor russo Ivan Minin se inspirou em lendas locais russas e se debruçou nos moldes de “A Bruxa de Blair” e found footage para criar “Viúva das Sombras”.

Na trama um grupo de salvamento que documenta seus resgates vai investigar mortes e desaparecimentos ocorridos em uma floresta que de acordo com relatos dos moradores locais é assombrada pela Viúva, uma mulher que teria matado marido e filho. A equipe acredita que tudo isso não passe de superstições, mas não vai demorar muito para ver que há algo de verdadeiro na história e irão lutar pelas próprias vidas

O diretor acertou ao utilizar o recurso de luz e sombra na medida certa sem abusar de escuridão em demasia para esconder erros de filmagem e falta de recurso. Aqui vemos tudo. O filme segue a risca a cartilha de seus antecessores onde é criado um clima de suspense e estranheza porem sem mostrar o que realmente está acontecendo ao expectador até que no fim engata. Os últimos 30 minutos dão uma guinada interessante no enredo que para de deixar apenas para a imaginação e parte para a imagem.

O longa é uma produção de Svyatoslav Podgayevskiy (roteirista, produtor e de “A Noiva”) que assina o roteiro junto com o diretor Minin. Apesar da filmagem impecável e de se basear na ótima ideia de explorar crenças locais acaba falhando um pouco na execução lançando mão dos famosos sustos fáceis que não agradam a um público mais exigente.