Yellowjackets

Em 2004 a série “Lost” criou um novo formato de contar histórias, um suspense que causou extrema curiosidade ao longo de 6 temporadas. O furor foi tanto, que os espectadores ficavam em casa esperando o episódio da semana. Depois disso, muitas outras séries tentar seguir o mesmo formato. É o caso de “Yellowjackets”, que conta com grande mistério aos moldes de “Lost”, mas também, faz lembrar “Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado” e a série “Cruel Summer”, por conter um núcleo adolescente e se passar em dois momentos . Uma segunda temporada já está confirmada.

Na trama, um avião com um time de futebol feminino de adolescentes cai, os sobreviventes passam 19 meses sem serem encontrados. 26 anos depois do ocorrido, o mistério em torno do que aconteceu naqueles 19 meses continua causando muita curiosidade pelo mundo. O que acontece é que aparentemente só 5 pessoas retornaram, porém, quase todas sobreviveram a queda do avião. Quando outro crime acontece, as sobreviventes do acidente aéreo percebem que o passado está mais perto do que parece. Símbolos pagãos e possível canibalismo rondam a história.

 

O enredo da trama se dá em dois momentos. Um se passa em 1996, e conta a história do time de adolescentes, seus conflitos internos e os problemas que enfrentaram para sobreviver em uma floresta inabitada. Outro, 26 anos depois, mostra a rotina de quatro sobreviventes, Shauna (Melanie Lynskey), Natalie (Juliette Lewis), Misty (Christina Ricci) e Taissa (Tawny Cypress). Elas escondem a 7 chaves o que aconteceu naqueles 19 meses e o porquê de nem todas as pessoas terem retornado. O interessante da série é o mistério em torno do que aconteceu naquele lugar. Seriam crimes, fatos sobrenaturais ou as duas coisas?

O diferencial da história é que as protagonistas não são heroínas, muito pelo contrário, são pessoas inescrupulosas capazes de crimes de várias espécies. Ponto alto, além do uso de flashbacks e flashforwards, e da cativante trilha sonora composta por sucessos dos anos 90, é o elenco, composto por veteranas e estreantes. É preciso ignorar os furos de cronologia e a idade dos personagens que não bate, para aproveitar ao máximo essa história de drama e mistério muito bem dirigida por Karyn Kusama (Garora Infernal).