X-Men: Fênix Negra

Quando o assunto é X-Men eu ganho uma postura muito mais severa em relação a crítica. Eles são de longe meus heróis preferidos e considero qualquer mudança nos personagens um absurdo. Colecionei as revistas deles por 18 anos. Tudo o que saía na banca de jornal eu comprava e logo me tornei um adorador. Ver os produtores deturpando meus personagens preferidos me irritava muito, principalmente quando davam todo o protagonismo pro  , de quem eu gosto, mas no seu devido lugar. Já me irritei muito nos filmes passados e tinha a sensação que iria me irritar de novo. Não foi o caso, ainda assim poderia ter sido melhor.

Sinopse: “1992. Os X-Men são considerados heróis nacionais e o professor Charles Xavier (James McAvoy) agora dispõe de contato direto com o presidente dos Estados Unidos. Quando uma missão espacial enfrenta problemas, o governo convoca a equipe mutante para ajudá-lo. Liderado por Mística (Jennifer Lawrence), os X-Men partem rumo ao espaço em uma equipe composta por Fera (Nicholas Hoult), Jean Grey (Sophie Turner), Ciclope (Tye Sheridan), Tempestade (Alexandra Shipp), Mercúrio (Evan Peters) e Noturno (Kodi Smit-McPhee). Ao tentar resgatar o comandante da missão, Jean Grey fica presa no ônibus espacial e é atingida por uma poderosa força cósmica, que acaba absorvida em seu corpo. Após ser resgatada e retornar à Terra, aos poucos ela percebe que há algo bem estranho dentro de si, o que desperta lembranças de um passado sombrio e, também, o interesse de seres extraterrestres. ”

Pra começar, por que adaptar a história da Fênix Negra de novo? X-Men: O Confronto foi feito em 2006 e Simon Kingberg, que atualmente é o diretor era o roteirista na época. Parece que ele não gostou de ter feito “O Confronto Final” (que eu particularmente odeio) e resolveu tentar se redimir criando esta nova versão. Faz parecer que eles não tem histórias memoráveis o suficiente para serem contadas no cinema. E sabemos que têm histórias demais, mas simplesmente ignoram. Ok, não posso fazer nada, só aceitar a decisão.

Depois desse meu pequeno desabafo de tentar entender o porquê do “remake” posso comentar sobre o filme em si. Ele está longe de ser a total porcaria que eu previ que seria, mas está longe da minha total satisfação também. As cenas de ação são boas e ver parte do grupo que sou muito fã em cenas boas me deram uma real animada. Infelizmente, quando comecei a me empolgar de verdade, acabou. Me deu um sentimento de que se fosse assim desde o início eu teria sido mais feliz e teria me divertido mais. Todos os atores estão bons demais sem tirar e sem pôr…mentira, é nítido que Jennifer Lawrence (Jogos Vorazes) não quer mais isso pra ela e temos o que temos.

Essa foi a parte boa. A parte ruim é que o roteiro é estranho. A facilidade que os personagens trocam de lado aqui é algo surpreendente. Basta uma frase e pronto, são inimigos. Falei outra frase, ok, somos amigos. E isso vindo de personagens que não esperaríamos algo do tipo. Os vilões também são outro ponto fraco. Não escolheram nenhum vilão conhecido, mas sim uns vilões genéricos que ninguém teria pena de matar. Alienígenas malvados do espaço. Alguns destinos de personagens também soaram estranhos. Não quero entrar no mérito de spoilers, mas tem um acontecimento que fiquei pensando “por que?”. E deixarem o Mercúrio de lado foi um erro grande. É difícil trabalhar com o personagem, mas ele é simplesmente o astro das duas melhores cenas de ação dos dois filmes anteriores.

É isso, após 12 filmes, contando os da equipe mais os derivados como Wolverine e Deadpool, os meus heróis chegam ao fim na Fox. Tendo seus direitos comprados pela Disney e enfim de volta a Marvel, de onde nunca deveria ter saído, temos uma expectativa boa para o que vem para os heróis no futuro. Confesso estar muito feliz com isso e muito ansioso para ver o que farão. Acredito que agora vão fazer do jeito que eu sempre sonhei e que sempre quis. Se fizer o básico e pegar toda a essência não tem como dar errado. Uma pena que os atores eram muito bons e de uma certa forma farão falta.