Um Amor, Mil Casamentos

“Um Amor, Mil Casamentos” estreou na Netflix em abril de 2020. Ele é dirigido e escrito por Dean Craig (Morte no Funeral) e estrelado por Sam Claflin (Como eu era Ante de Você), Olivia Munn (X-Men: Apocalipse) e Freida Pinto (Quem que ser um Milionário?), essa última muito mal aproveitada por sinal. O filme é uma comédia de situações que são boas em determinados momentos e muito mal aproveitados em outros, e fazendo no geral, um mal uso do efeito “e se fosse diferente?”.

Sinopse: Em versões alternativas do mesmo casamento, o irmão da noiva (Sam Claflin) precisa lidar com uma ex-namorada furiosa (Freida Pinto), um convidado indesejado, um sedativo para a pessoa errada e uma antiga paixão (Olivia Munn) – e o final é sempre diferente.”

 

A sinopse e o trailer nos enchem de esperanças de ser uma ótima comédia, mas tudo é mal aproveitado. Começando pelo título do filme que em inglês faz mais sentido (Love Wedding Repeat, algo como Amor Casamento Repetir). A tal repetição prometida também é um pouco enganosa, pois só nos é revelado só mais uma versão do dia, sendo as outras mostradas apenas em flashes rápidos que não dá a mínima dimensão do todo.

A proposta do longa demora bastante para acontecer até. Só com mais da metade dele que entendemos qual é o seu objetivo. Isso dá um ânimo de que mais situações esdrúxulas vão acontecer, mas não é bem assim. Tudo bem até o fato de que as situações não tenham consequências no final, porque é buscado justamente o final perfeito. Vendo por esse lado o final é recompensador, mas é irreal pelas situações impossíveis a que cada personagem é imposto.

O elenco coadjuvante poderia ter tido muito mais espaço para brilhar, mas não tiveram essa chance. Alguns deles somem a ponto de você esquecer que está na trama e outros que são potenciais enormes e acabam sendo ofuscados pelo protagonista, que cá entre nós, nem é tão interessante assim. Durante os créditos vemos algumas cenas que foram deixadas de fora, e percebo que são cenas incríveis. Fiquei me perguntando porque não estavam na versão final. Más escolhas.

No geral, ele é bem mediano. Te faz rir em determinados momentos e faz ficar com tédio em outros. Claramente uma boa ideia desperdiçada. Poderia ter sido bem melhor. Arrisco dizer que se não ficasse voltando no tempo e ter deixado apenas uma linha dela teria sido muito melhor. As consequências fazem falta no final e fazem parte da experiência de alguém que quer ser melhor. Mostrar um final perfeito para o amor se torna mais fantasioso do que o proposto.