A Mulher Na Janela

Anna é uma psicóloga infantil de seus quarenta anos que sofre de agorafobia (transtorno que causa ataques de pânico quando perto de pessoas fora de casa) devido a um stress pós-traumático. Com isso, ela vive longe da filha e do marido sozinha em sua casa. Anna tem comportamentos erráticos, fazendo uso de remédios psiquiátricos e tomando vinho. Ela não sai de sua casa por nada e passa os dias assistindo filmes de suspense clássicos e espionando os vizinhos até que uma nova família se muda para a casa em frente a sua.

Anna conhece os novos vizinhos e faz amizade com Jane Russel até que a vê ser assassinada. Quando chama a polícia, ninguém acredita nela já que todos na casa parecem estar vivos e Jane Russel não se parece em nada com a mulher que ela conheceu. Anna passa a duvidar de si mesma, do senhor Russel e de David, o inquilino que mora em seu porão. A trama leva o expectador ao limite da curiosidade, sem saber o que realmente aconteceu. Baseado no Best-seller homônimo de A.J Finn. Assim como no livro, o ponto alto do filme está nas reviravoltas quase impossíveis se serem antecipadas.

 

O longa segue os moldes de filmes como “A Garota no Trem”. Quem é Jane Russel? Quem a matou? Será mesmo que alguém a matou? O que aconteceu na vida da protagonista que lhe deixou nesse estado de vida? Dirigido por Joe Wright (O Destino de Uma Nação) e protagonizado por Amy Adams, Julianne Moore, Gary Oldman e Jennifer Jason Leigh era de se esperar algo há que não é entregue.

Este suspense tem suas qualidades, porém, ficando muito aquém do livro que abusa de referências cinematográficas o tempo todo como Hitchcock e Rita Hayworth. Apesar disso, é sempre importante lembrar que o filme não tem obrigação nenhuma de captar toda essência de um livro por serem formas completamente diferentes, um filme é a visão do diretor. Por isso, para quem leu o romance, é preciso esquecê-lo por alguns minutos para aproveitar o longa que consegue entreter bastante.