Turma da Mônica: Laços

Tenho me sentido uma pessoa muito saudosista ultimamente. Estão lançando muitos filmes que remetem demais a minha infância. E não tem nada que marque mais isso do que as revistinhas da Turma da Mônica. Posso dizer seguramente que ajudou na minha alfabetização e lembro como se fosse hoje o momento que comecei a ler e foi justamente com eles. O tempo passou, mas nunca os esqueci. Em 2013, foi lançada a graphic novel Turma da Mônica – Laços e na hora comprei. O que li foi uma das coisas mais lindas já feitas com os personagens. Imagine minha euforia esperando por esse filme. E o que vi me agradou demais.

Sinopse: “Floquinho, o cachorro do Cebolinha (Kevin Vechiatto), desapareceu. O menino desenvolve então um plano infalível para resgatar o cãozinho, mas para isso vai precisar da ajuda de seus fiéis amigos Mônica (Giulia Benite), Magali (Laura Rauseo) e Cascão (Gabriel Moreira). Juntos, eles irão enfrentar grandes desafios e viver grandes aventuras para levar o cão de volta para casa.”

Estava com um pouco de medo. Por algum motivo em minha cabeça, achei que odiaria o filme, mas graças aos bons anjos correu tudo bem e adorei. Ver esses personagens da infância ganharem vida foi simplesmente lindo e nostálgico. Todas as características de Cebolinha, Mônica, Magali e Cascão estão ali. Juntando tudo isso com a interação entre eles é absolutamente lindo. A fidelidade com que cada um é tratado é de um esmero completo, provavelmente feito por pessoas que cresceram lendo suas histórias assim como eu. As crianças foram muito bem escolhidas e todas são ótimas.

Vários outros personagens aparecem na telona também, destacando alguns rapidamente como o Titi, Jeremias e o Louco (o meu preferido), este vivido por Rodrigo Santoro (300), que aparece em um breve momento, mas que tem uma certa importância para a história. Por incrível que pareça, ele é o personagem que nos explica todo o significado de “laços”, embora seja uma cena muito maluca e destoante do resto do filme. Até gostaria de falar mais sobre isso, mas acho que entregaria um pouco da história e não é minha intenção.

Acho que não é exagero comparar o Maurício de Souza com o Stan Lee (criador da Marvel), alguns vão se morder com essa minha afirmação, mas não tô nem aí. Nunca havia pensado nisso, mas ao vê-lo fazer uma ponta no filme automaticamente despertou esse gatilho. Apesar de serem ideias diferentes, os dois conseguiram capturar seu público e incentivar a leitura de crianças e jovens. Obrigado por esse universo todo e por fazer minha infância e minha vida adulta muito melhor.