Samurai X: A Origem

O meu primeiro contato com o universo de Samurai X foi com o anime de mesmo nome criado em 1996 e que passou por aqui primeiramente no Cartoon Network e que logo depois chegou a TV aberta. Rapidamente ele se tornou um queridinho para mim. Suas aventuras no Japão antigo eram todas boas e pude apreciar as maiores lutas de espadas oriundas dessa série. ‘Samurai X: A Origem’ é o quinto filme live-action dessa franquia e, enfim vamos conhecer o famoso e temido Battousai, O Retalhador.

Sinopse: “Kenshin Himura era um jovem introspectivo, especialista na arte da espada de Mugen-Hisetsu-Ryu, que decide se juntar a um bando de samurais para derrubar o Shogunato. Em apenas um ano, o talento de Kenshin fez cem vítimas e o fez um dos samurais mais temidos de Kyoto.”

Quando conhecemos o nosso querido Kenshin Himura, ele é só uma pessoa muito simpática, prestativa e que respeita a vida, justamente por não usar uma espada com lâmina fatal. Antes dele ser essa pessoa legal que conhecemos originalmente, acabamos descobrindo que ele possui um passado cruel e que de certa forma ele sente vergonha. No anime, lembro que isso era mencionado, mas não lembro se chega a mostrar esse período. Seja como for, enfim conhecemos a verdadeira face do Battousai, O Retalhador.

No início do longa, vemos toda a ferocidade do personagem quando ele mata uma dezena de homens sozinho. A cena de ação que acompanha esse momento é realmente muito boa. Toda muito bem coreografada e bem filmada e no fim dela vemos a origem de sua marca no rosto. Por um descuido ele é ferido e mal sabe ele que esse momento virá com força total no futuro e que vai cobrar um preço gigantesco para a sua alma e consciência.

O meu maior problema com esse filme é que ele é longo demais. Ele possui exatamente 137 minutos (2h 17m). O seu ritmo lento para desenvolvimento acabou por me deixar cansado quando chegou ao seu final. Depois desse início arrebatador, o resto do longa fica muito devagar. Sei que é preciso de tempo para desenvolver os grandes pontos dramáticos que fez a vida do Kenshin muito sofrida, mas poderiam ter podado algumas cenas e tê-lo deixado mais dinâmico.

Eu não esperava por isso, mas o drama dessa história é pesado. Algo muito digno de uma tragédia grega ou de uma obra shakesperiana. Isso é importante para sentirmos toda a dor do personagem e entendermos porque ele é a pessoa que conhecemos mais para a frente. Tudo é revelado aqui e só nos cabe lamentar por essa vida sofrida que ele teve. O seu final volta a ficar muito bom em relação a ação e posso dizer que temos um ótimo desfecho e ficamos prontos para o personagem da forma como o conhecemos.