Ingresso Para o Paraíso

‘Ingresso Para o Paraíso’ chega aos cinemas  com a responsabilidade de ser uma das melhores comédias românticas do ano. Ele é engraçado, é brega e tem dois nomes gigantes em seu elenco atuando como protagonistas: George Clooney e Julia Roberts. Os dois juntos possuem o carisma necessário para levar todo o longa nas costas. Não precisaria ter mais ninguém, apenas eles e ainda assim seria muito bom vê-los contracenando juntos.

 

Sinopse: “Ingresso para o Paraíso segue Lily (Kaitlyn Dever), uma jovem recém-formada na Universidade de Chicago que viaja para Bali logo após se formar. Chegando lá, Lily se apaixona abruptamente por um local balinês, e decide se casar de forma impulsiva. A decisão inesperada da jovem faz com que seus pais, um casal divorciado (George Clooney e Julia Roberts), decida viajar às pressas para a ilha, para tentar impedir que a filha cometa o mesmo erro que eles cometeram, quando se casaram 25 anos atrás.

 

Não esperem nada de novo aqui. Certamente todo mundo já viu alguma história com essa premissa por aí. Mesmo teorizando que não tenham visto, o final continua sendo completamente cliché e esperado vindo de um gênero como a comédia romântica. E tá tudo bem quanto a isso. Ele não apresenta novidades, mas a diversão vem de forma boa e rápida. Os atores mencionados conseguem entregar um bom texto e ótimas interpretações que realmente convencem.

 

A dinâmica dos dois protagonistas é maravilhosa e entregam demais. Principalmente quando estão alfinetando um ao outro. O jogo de insultos é tão rápido que ficamos até perdidos. Definitivamente essa química é a melhor coisa que vemos aqui. A amizade entre eles fora da tela se reflete muito bem quando estão atuando. Quando eles têm que se unir para um fim comum, esse dinamismo cai, mas nada que faça o nível descer. Apenas o tom é mudado para aquele final feliz que já sabemos que vai ocorrer.

 

Ele tem um ótimo ritmo e entrega boas piadas, mas ainda assim possuem alguns pontos negativos a serem mencionados. O primeiro é a amiga de Lily, Wren, vivida por Billie Lourd (Star Wars: A Ascensão Skywalker). Ela não tem nenhuma função narrativa no longa e se tirar ela não terá feito nenhuma mudança no roteiro. Está ali para ser um alívio cômico e mesmo assim não funciona. O segundo ponto, é o fato da explicação da separação do casal principal ficar meio embaçada. Citam o motivo, mas parece ser algo muito besta para o amor que eles tinham na época. Faltou uma pincelada maior aí para entendermos a motivação de ódio entre eles.

 

Se for fã do gênero, o filme está mais do que recomendado. Posso dizer que esse é o título blockbuster da comédia romântica nesse ano de 2022. Se tudo der certo, é capaz dele ter uma grande arrecadação na bilheteria. Uma produção leve e divertida para se ver com um grande balde de pipoca e um grande copo de guaraná do lado. Indicado também para ver ao lado do cônjuge. Muitos irão se identificar com algumas situações malucas em que eles se colocam.