Rei Arthur – A Lenda da Espada

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Desde criança sempre me interessei pela lenda do Rei Arthur. O meu primeiro contato foi com Excalibur (1981) que me fez acreditar por muito tempo que essa era a história real, e desde então é o meu filme preferido sobre o tema. Depois tivemos Rei Arthur (2004) com o Clive Owen no papel principal, e convenhamos, ficou bem longe da expectativa. E por final para mim veio As Crônicas de Rei Arthur, livro escrito por Bernard Cornwell, do qual acho uma obra prima literária e que gostaria até hoje de ver uma série baseada nesse livro. E agora em 2017, temos mais uma versão da lenda, dirigido por Guy Ritchie (Snatch: Porcos e Diamantes), que confesso ser muito fã da direção, e embora seja um filme divertido, não chega de longe a ser memorável quanto Excalibur.

 

Sinopse: “Quando o pai do jovem Arthur é assassinado, Vortigern (Jude Law), seu tio, se apodera da coroa. Sem ter o que é seu por direito de nascimento e sem ideia de quem realmente é, Arthur cresce do jeito mais difícil nos becos da cidade. Mas, assim que ele remove a espada da pedra, sua vida muda completamente e ele é forçado a descobrir seu verdadeiro legado… goste ou não.”

 

 

A direção é simplesmente sensacional, é possível ver os trejeitos que fizeram de Guy Ritchie o grande diretor que ele é. Aquelas explicações simples e didáticas estão lá, e câmera ágil junto com a música conseguem te deixar com um sorriso no rosto e a espera de coisas boas. Cenas grandiosas, que confesso, não esperava e que já me pegaram de primeira e  me deixaram realmente interessado na história. Se eu pudesse definir o filme em 3 palavras seria “snatch fantasia medieval”.

 

Inicialmente este filme se chamaria “Knights of the Roundtable”, em uma tradução livre seria “Os Cavaleiros da Távola Redonda”, provavelmente focando mais em Arthur e seus cavaleiros, mas o título ganhou o subtítulo de “A Lenda da Espada”, esquecendo qualquer explicação pé no chão e colocando o filme totalmente como uma fantasia medieval, o que para mim funcionou muito bem, mas tenho certeza que para muitas pessoas isso não funcionará. A atuação de Charlie Hunnam (Círculo de Fogo) me faz sempre lembrar seu icônico papel em Sons of Anarchy (série em que foi protagonista de 2008-2014), sempre do mesmo jeito malandro e sagaz, apesar de não achá-lo um bom ator, eu consigo simpatizar fácil com ele. Jude Law (Sherlock Holmes) está um pouco fora do tom, talvez querendo parecer um vilão realmente perverso ele se perde e fica um pouco caricato. Os demais atores do filme como Djimon Houson (Diamante de Sangue), Ainda Gillen (Game of Thrones) e Astrid Bergès-Frisbey (Piratas do Caribe: Navegando em Águas Misteriosas) não comprometem e se tornam bons coadjuvantes.

 

Quando o filme começou a ser escrito, foi dito que teria ideias para até 6 filmes sobre o Rei Arthur, basta saber se este será ou não um sucesso comercial. Sempre torço para que de certo, assim poderei ver mais dessa loucura medieval.