Prisioneiro do Rock and Roll (1957)
Muito tem se falado em Elvis Presley, por conta, do filme “Priscilla” de Sofia Coppola. “Jailhouse Rock”, no original, é um espécime perfeito para ser ver um dos poucos longas dramáticos nos quais o rei do rock atuou. Elvis ficou muito marcado no cinema por filmes aos moldes de sessão da tarde, divertidos, com bastante música e apenas bons passatempos. Infelizmente, isso não era o que ele queria, seu sonho é ser um ator importante em papeis dramáticos como seus ídolos, James Dean e Marlon Brando. Algo que conseguiu em poucos papeis, como seu Everett, um personagem quase biográfico dirigido por Richard Thorpe (Ivanhoé, o Vingador do Rei).
Na trama, Vince Everett (Elvis) é um jovem de pavio curto que é preso ao agredir um homem em um bar. Na cadeia ele conhece Hunk Houghton (Mickey Shaughnessy), que lhe ensina sobre música. Os dois combinam de ingressar na carreira musical juntos. Do lado de fora, ele conhece a bela Peggy Van Alden (Judy Tyler), ao descobrirem que o show business é cheio de traições, eles criam juntos uma produtora. Vince só quer saber de dinheiro deixando tudo o mais de lado, até mesmo seus óbvios e recíprocos sentimentos por Peggy.
Sem grandes reviravoltas, o longa é uma espécie de documentário sobre a indústria fonográfica nos anos 50. Leis que privilegiam as grandes corporações, e o talento bruto sendo explorado pelos mais espertos. Como sempre em Hollywood, há uma lição. Dinheiro é realmente a coisa mais importante do mundo?
O filme marca uma das cenas musicais mais famosas da carreira de Elvis, a música que dá nome a trama, com a dança de Elvis com seus icônicos movimentos pélvicos e voz inesquecível, ao lado de bailarinos vestidos de presidiários emulando seus dias de cárcere.
“Prisioneiro do Rock’ n’ Roll” está em cartaz em vários canais de streaming, mas também, vai poder ser visto em tela grande pelos cariocas na próxima segunda-feira (8 de janeiro) na sala 2 do Estação Net Botafogo as 19h.