Planeta dos Macacos: A Guerra

Eu nunca fui fã da saga Planeta dos Macacos, desde criança passava uns filmes na televisão e eu nunca consegui ter paciência para ver nenhum. A verdade é que eu achava idiota, e nunca realmente me interessou. Em 2001, Tim Burton fez uma versão que eu também não gostei, achei que estava imune a essa franquia. Quando eu achei que nunca gostaria tive que morder a língua com esta nova trilogia: O primeiro filme de 2011 (Planeta dos Macacos: A Origem), o segundo de 2014 (Planeta dos Macacos: O Confronto) e agora em 2017 vemos o final da trilogia (Planeta dos Macacos: A Guerra), com a direção de Matt Reeves, que também dirigiu a segunda parte. Agora veremos o confronto final dos macacos com o que restou da humanidade.

Sinopse: Em PLANETA DOS MACACOS: A GUERRA, o terceiro capítulo da aclamada franquia, César e seus macacos são forçados a um conflito mortal contra um exército de seres humanos liderados por um Coronel implacável. Depois que os macacos sofrem perdas inimagináveis, César luta contra seus instintos mais escuros e começa sua própria busca mítica para vingar sua espécie. À medida em que a jornada finalmente os coloca cara a cara, César e o Coronel se enfrentam em uma batalha épica que determinará o destino de suas espécies e o futuro do planeta”

O filme começa com todas as consequências do filme anterior, quando o macaco Koba (Toby Kebel) declara guerra contra os humanos, contrariando as ordens de César (Andy Serkis). O “fantasma” de Koba sempre está presente a ponto de César se questionar se ele estava certo ou não. Vemos que essa decisão persegue os símios até as últimas consequências, a ponto de terem que fugir ou lutar pelas suas vidas. E como dói ver os macacos morrendo, sério, mata humano, mas não mata macaco.

A direção de Matt Reeves é impecável, ele consegue passar toda a emoção necessária, em certos momentos consegue até criar uma poesia áudio-visual de encher os olhos de lágrimas. Apesar de não ter muitas cenas de ação durante a projeção, ele é excelente quando é preciso mostrá-las. Ao mesmo tempo que a cena é grandiosa, ela não é mostrada como tal.

A captura de movimentos dos macacos é algo inacreditável. Durante a projeção eu tinha dificuldades de saber se eram de verdade ou não, tamanho realismo na textura dos pelos dos animais, e na sua forma de atuação. Um destaque especial para os atores que interpretaram os macacos, principalmente para o Andy Serkis que é um monstro atuando, talvez eu esteja exagerando, mas desde o último filme eu acho que ele deveria ter sido ao menos indicado a prêmios, pois o acho realmente incrível. Outro destaque é o macaco “bad ape” vivido por Steve Zahn (Clube de Compras Dallas), que rouba a cena em vários momentos e vira o alívio cômico. Woody Harrelson (da saga Jogos Vorazes) também é um excelente ator do filme que você fica em dúvida se tem ódio dele ou se ao menos entende suas motivações.

Para os fãs da franquia antiga também tem muitas coisas para ser feliz. Alguns easter eggs e nomes dos filmes originais estão no filme, cabe a você pegar as referências e ser feliz com essas citações. Até mesmo eu que não era fã, consegui pegar as referências. Algo que realmente me chamou atenção foi o fato de que nos filmes originais dos anos 60 os humanos eram tratados e usados como animais, e nesse filme meio que explica isso e achei genial.

Acho a ida ao cinema sempre válida, principalmente se gostou dos 2 últimos filmes. Essa história certamente tem um fim aqui, mas nada impede de terem mais continuações no futuro. Afinal ainda tem muitas histórias para serem contadas no universo do Planeta dos Macacos.