Paternidade

‘Paternidade’ é uma comédia dramática estrelada pelo Kevin Hart que estreou em 2021 na Netflix. Nunca fui um grande fã do ator, sempre achei que ele é muito exagerado. Claro, que ele tem ótimos momentos por aí que já me arrancaram várias risadas, mas sempre o achei limitado. Com esse filme eu pude ver um lado dele do qual nunca tinha visto antes: ele manda bem no drama quando é preciso. A obra é cheia de comédia, mas também tem uns momentos de muita emoção e ele entrega. Isso me agradou bastante.

Sinopse: “Após a esposa morrer no dia seguinte ao parto, Matt (Kevin Hart) imediatamente decide criar sua filha, sendo um pai absolutamente responsável. Mesmo com a tristeza de perder sua esposa, que também era sua namorada desde a época do ensino médio, ele faz um juramento para fornecer apoio completo à filha e assumir todas as responsabilidades que cabem a um pai.

Essa história é baseada na história real do autor e blogueiro Matthew Logelin. Apesar dela ser em cima de uma biografia específica, poderia ser de qualquer um que já passou por isso. Embora não seja muito comum um pai criar um filho sozinho, ainda assim deve ter milhares de casos desse. Acredito que todos que passaram por isso se identificaram demais com todos os perrengues encontrados no caminho, mas que teve sempre um desfecho feliz e condizente.

Acho curioso as pessoas acharem uma coisa impossível o fato de que todo homem solteiro ou viúvo possa cuidar de seus filhos sozinhos. Temos que aceitar que temos pais e pais. Uns realmente não se prestam ao mínimo, como tem outros que são maravilhosos. O caso aqui chegou a me irritar um pouco, pois ninguém acredita que ele vá conseguir criar a filha sozinho. Todos subestimam ele, principalmente a sogra. Ela até dá ótimos argumentos, mas mesmo assim ele decide criá-la sozinha, e apesar dos apertos, ele faz isso muito bem.

É nesses momentos que eu acho que o Kevin Hart (Um Espião e Meio) manda bem. Os momentos que é engraçado ele manda bem e quando precisa do drama ele entrega bem também. A história é bem divertida, mas em certos momentos a lágrima pode se formar em seu olho. Diria até que o início é bem pesado nesse quesito, pois realmente é bem triste. O longa permeia vários desses momentos de risos e emoções um pouco mais densas. Esse equilíbrio deixa tudo muito coeso e plausível.

Posso dizer veementemente que esse filme é bem família. Veja principalmente com seus filhos. Acho que todos vão curtir e se emocionar. Ele presta um cliché bem bom e, por incrível que pareça, não achei o seu final brega e nem piegas. Ele te pega pela emoção e é isso, bola pra frente.

Posso encerrar a resenha dizendo que o ator ganhou um pouco mais da minha simpatia. Acho que ele deveria se enveredar um pouco mais no drama também. Mostrou que sabe fazer direitinho. Nesse último caso vou dar as glórias para o diretor Paul Weitz (Um Grande Garoto) que faz o seu feijão com arroz direitinho e que soube trabalhar muito bem com o ator.

‘Paternidade’ se encontra no catálogo da Netflix.