Os 3 Infernais

Os 3 Infernais é a terceira parte de uma trilogia que começou em 2003 com A Casa dos 1000 Corpos, e que logo depois em 2005, teve uma continuação chamada de Rejeitados pelo Diabo. Confesso não ter visto o primeiro (erro de caráter), mas eu consegui ver o segundo na época e lembro de ter gostado demais. Senti medo e asco dos personagens principais e queria ter uma sensação parecida ao ver essa terceira parte, que infelizmente não me agradou do jeito que eu queria.

Sinopse: “Os irmãos Baby e Otis Firefly conseguem fugir da prisão com a ajuda de seu meio irmão Winslow Coltrane. Porém, durante a fuga, eles executam um líder do crime mexicano, Rondo (Danny Trejo). Agora, os três estão a solta cometendo uma série de assassinatos aleatórios em direção ao México prontos para mais um banho de sangue.”

Já tenho que começar comentando uma importante mudança na formação desse trio de assassinos violentos. Infelizmente, o ator Sid Haig que vivia o terrível líder do grupo, Captain Spaulding, não pôde gravar, pois estava hospitalizado. Ele veio a falecer um pouco depois após uma infecção pulmonar resultante de uma queda grave, mesmo assim, ainda conseguiu gravar algumas cenas, tendo uma participação especial no longa. Devido a esse infortúnio, o roteiro teve que ser todo reescrito as pressas, e foi decidido que o novo membro do trio seria o meio irmão de Otis, chamado Winslow Coltrane, vivido por Richard Brake, (Doom: A Porta do Inferno).

Não sei se esse acontecimento foi o suficiente para baixar a qualidade do roteiro, mas a verdade é que o achei muito fraco e com uns clichés de filme Z. Ver o mundo romantizando os assassinos nem me soa tão absurdo assim nos dias de hoje, mas ver como isso é colocado aqui, me deixa mal. O mundo louco, a violência extrema e sem propósito, junto com personagens super caricatos (como o diretor da penitenciária com um bigode ridículo e um anão de tapa olho) e com um México extremamente cliché me incomodaram demais (parece que o México comemora o Dia dos Mortos os 365 dias do ano).

Posso dizer que o longa é dividido em 2 partes. A primeira parte nos mostra como Otis (Bill Moselye) e Baby (Sheri Moon Zombie, que também é casada com o diretor) irão escapar da prisão e a segunda mostra a família de assassinos chegando no México para começar uma nova vida. A primeira parte é ok, pois nos mostra o quão cruéis eles são e tudo o que são capazes de fazer por puro sadismo, lembrando muito o seu filme anterior. A segunda parte é para se apagar da história, pois eles são quase levados a status de herói, o que para mim torna tudo muito errado. Era para odiarmos eles e não ficarmos torcendo como se fossem pessoas boas em busca de redenção.

Infelizmente, para mim ele não foi satisfatório e acabei o filme triste com o que eu vi, de acordo com o que eu estava esperando. Não sei se a mudança no roteiro foi o suficiente para piorar tanto assim, mas acabou longe do que esperava. Recomendo somente para os que viram os filmes anteriores e para os verdadeiros amantes do trash. Gosto da direção do Rob Zombie (que também assina o roteiro), mas não foi o suficiente para segurar o longa