Logan

Meu amor pelos X-Men começou em 1994 quando estreou o desenho dos mutantes mais queridos do mundo, desde então colecionei os quadrinhos por 18 anos, o que me torna uma pessoa muita chata quando o assunto é esse, e como detestei os filmes anteriores do nosso querido carcaju, eu fui ver esse com muita dúvida. Se bem que quando saiu o 1º trailer eu não consegui esconder as lágrimas e o hype.

Sinopse; “Num futuro próximo, um Logan cansado cuida de um Professor X debilitado, escondido na fronteira mexicana. Mas as tentativas de Logan de esconder-se do mundo e de seu legado acabam quando um jovem mutante chega, perseguida pelas forças sombrias”.

Para a minha grata surpresa, ele não é só o melhor filme do Wolverine como talvez seja o melhor da franquia dos mutantes, extremamente maduro e em muitos momentos bem pesado, embora ainda assim tenha alguns momentos de humor bem pontuados sem ser forçado.

Basicamente é um “roadie movie”, com muitas descobertas e revelações entre os personagens centrais. O principal é que o filme não é pretensioso, a ameça não é mundial (como basicamente todo filme de herói), é uma história pequena com excelentes diálogos e com um clima intimista que por alguns momentos confesso ter achado estranho, mas que achei necessários. Os vilões não chegam a ser os piores do mundo, mas conseguem tirar seu ódio nos momentos certos.

A ação  é simplesmente empolgante, me peguei soltando vários “uaus” no cinema, a faixa etária de 18 anos dá a liberdade de vermos o Wolverine e a X-23 que todo fã de quadrinho conhece, algumas cenas beirando até o gore de tão boas.

A atuação do Hugh Jackman não chega ser a melhor do mundo, mas você sente o cansaço do personagem no rosto do ator, chegando em muitos momentos a sentir a dor que ele está sentindo. A menina X-23 (vivida por Dafne Keen) é uma grata adição ao grupo, conseguimos sentir medo e ao mesmo tempo vontade de cuidar dessa menina, fofa na medida certa. O trio de protagonista se  encerra com a presença de Patrick Stewart vivendo novamente o Professor Charles Xavier, e pasmem, ele é o alívio cômico do filme. A química entre os 3 é tão boa que por um momento desejei ver uma série de TV com eles.

O final  me deixou com um ar de nostalgia e esperança, e apesar de nunca ter achado o Hugh Jackman o Logan perfeito, eu consigo ver todo o valor e importância que ele conseguiu passar para o personagem. Sentirei saudades já que foi anunciado que esse seria o seu último filme, mas sempre fico na dúvida se realmente é o último. Após o filme acabar, espere para escutar Johnny Cash durante os créditos.

 

Por Bruno de Oliveira