Klaus

Por mais que a gente queira, é impossível ver todos os filmes que são lançados, o dia tem poucas horas e ainda assim temos outras coisas para fazer. Temos uma lista de prioridades, mas sempre um ou outro fica pra trás e temos que pôr em dia em algum momento. Klaus é um desses que foi considerado por vários veículos como um dos melhores de 2019 e só agora tive a oportunidade de assistir. Olha, antes tarde do que nunca, pois o que eu vi foi realmente uma das melhores animações que já pude ver.

 

Sinopse: Em Smeerensburg, remota ilha localizada acima do Círculo Ártico, Jesper (Jason Schwartzman) é um estudante da Academia Postal que enfrenta um sério problema: os habitantes da cidade brigam o tempo todo, sem demonstrar o menor interesse por cartas. Prestes a desistir da profissão, ele encontra apoio na professora Alva (Rashida Jones) e no misterioso carpinteiro Klaus (J.K. Simmons), que vive sozinho em sua casa repleta de brinquedos feitos a mão.”

 

Sempre me pergunto se o meu sentimento de “uma das melhores animações já feitas” é exagerado ou não. Darei os fatos e você que julgue. A qualidade da animação é belíssima, o arco de redenção é perfeito, temos ensinamentos morais óbvios que não praticamos, temos a origem do Papai Noel de uma forma simples e lúdica e que pode ser plausível, contendo os seus certos exageros, e para completar o prato, temos muita emoção a ponto de chorar, e chorar mesmo. Talvez esse último tenha sido só eu, mas me emocionei mesmo.

 

Quando começamos com um personagem odioso, no caso o Jesper, voz de Jason Schwartzman (Scott Pilgrim Contra o Mundo), a história tem que ser muito bem contada para que ao final nós estejamos gostando dele. Sempre amei histórias de redenção, pois ela mostra que a pior pessoa pode melhorar e se tornar alguém que respeitamos e idolatramos. O roteiro é perfeito em relação a isso, muitos irão dizer que é cliché, e pode ser que até seja mesmo, mas quando ele é bem feito, não há motivos para reclamar. Uma jornada de redenção perfeita.

A grande lição do longa é simples, mas que não praticamos na vida real: “faça um ato generoso e você irá gerar outros atos generosos”. É simples, banal e até mesmo óbvio, mas qual foi a última vez que você fez tal ato sem querer nada em troca? Esse é o cerne do filme e iria longe ao dizer que esse poderia ser o cerne do ser humano, mas não é. Imagina viver em um mundo onde generosidade e altruísmo são coisas normais do cotidiano e não uma anomalia que quando acontece nós veneramos. Linda mensagem.

Esse é um daqueles filmes de natal perfeito para se ver com a família e caso tenha filhos, é melhor ainda. Muita coisa é ensinada e tenho certeza que a criança vendo isso, vai levar no coração para sempre. Pode ser exagero da minha parte chamá-lo de uma das melhores animações já feitas? Pode sim, mas nada que faça diminuí-la frente a tudo o que ela nos ensina e faz sentir. Aplaudo de pé e dou minha RECOMENDAÇÃO MÁXIMA para essa animação.