Indiana Jones e o Chamado do Destino

Esta quinta parte da franquia “Indiana Jones”, é um presente para os fãs de longa data. O tempo todo presta homenagem aos três filmes originais, principalmente o primeiro. O filme é divido em três partes, sendo a primeira, uma introdução do que virá a seguir. São momentos de aventura e ação eletrizantes dignos da trilogia original, onde vemos o jovem Dr. Indiana Jones em parceria com seu amigo Basil (Toby Jones), em uma missão quase suicida a bordo de um trem nazista para recuperar relíquias arqueológicas. Ali mesmo já somos apresentados ao grande vilão da história, o doutor Dr. Voller, brilhantemente interpretado por Mads Mikkelsen (Druk – Mais uma rodada). Com a ajuda de CGI, Harrison Ford fica igualzinho aos seus tempos áureos, parece até uma filmagem perdida feita na época. Já nas duas seguintes partes, somos apresentados ao mundo do já idoso e em processo de aposentadoria Indiana Jones. Este é o único longa da franquia que não conta com a direção de Steven Spielberg, mas sim, com sua produção, e a direção, ficou por conta de James Mangold (Garota Interrompida).

A trama se da quase que como uma continuação direta do primeiro filme, “Os Caçadores da Arca Perdida“, só que muitos anos depois e mencionando acontecimentos do quarto filme , “Reino da Caveira de Cristal“, maior fracasso da franquia. Nos encontramos em 1969, em meio a ida do homem à lua e protestos. Indy se casou com Marion (Karen Allen), após o filho deles que no quarto filme é interpretado por Shia LaBeouf morrer na guerra, o casamento se acabou e o professor de arqueologia agora vive bêbado e solitário. Ao se aposentar encontra Helena (Phoebe Waller-Bridge ), sua afilhada e filha de Basil.  Por causa dela, Indy irá embarcar em mais uma aventura.

 

O intuito de “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”, era passar o bastão de Indiana Jones para seu filho, porém, por problemas na narrativa, e principalmente pela falta de carisma de Shia LaBeouf, o público não comprou a ideia. O jeito foi matar o personagem e passar o bastão para  Phoebe Waller-Bridge (Fleabag), que convence e mostra a que veio. Além de dar um viés feminino tão importante aos dias atuais, a atriz e roteirista convence como a aventureira, trapaceira, inteligente e engraçadíssima afilhada de Indy. Podendo sim receber o bastão.

Como nos filmes um, três e quatro, os vilões são os nazistas e a trama é cheia de reviravoltas. Mas o auge realmente são as homenagens aos filmes anteriores, até mesmo com presença do personagem Teddy (Ethann Isidore), que emula completamente Short, pupilo de Indy no segundo filme, interpretado pelo mais recente vencedor do Oscar de Melhor ator, Ke Huy Quan.

O filme é redondo, divertido, eletrizante, comovente e toca em temas como a falta de lugar na sociedade para as pessoas mais velhas que são facilmente descartadas. Apesar de ser bastante longo, o tempo passa sem ser sentido.