Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa

Após assistir Vingadores: Ultimato em 2019, fiquei pensando que iria demorar muito tempo para ter a mesma sensação que tive naquela sessão. Foi daquelas em que todos vibram, choram, se empolgam e se emocionam. Uma sensação digna de pré-estreia, com aquela galera que é fã mesmo. O hype em cima de Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa estava altíssimo e ficava óbvio que as pessoas iriam odiar ou iriam amar. Graças aos Deuses, ele é do tipo que todos vão amar. Ele me causou aquela sensação que tive em 2019 e por isso eu tenho que agradecer a Marvel por mais um momento incrível que conseguiu me proporcionar.

Sinopse: “Com a identidade do Homem-Aranha revelada, Peter pede ajuda ao Doutor Estranho. Quando um feitiço corre mal, inimigos perigosos de outros mundos começam a aparecer, forçando Peter a descobrir o que realmente significa ser o Homem-Aranha.”

Escrever sobre esse filme sem poder dar spoilers será uma tarefa difícil. Vou focar mais no emocional no início e logo depois falarei de algumas tecnicalidades. Primeiramente, eu desafio a qualquer pessoa que seja fã da Marvel e/ou do Homem-Aranha sair insatisfeito após vê-lo. Ele é um sonho que se tornou realidade. Digo isso em muitas camadas, pois temos uma ótima história, temos muito fan service e ainda temos algumas reparações históricas. Esses detalhes, você só entenderá vendo e recomendo desde que já que vejam no cinema. Entendo que ainda tenham pessoas se precavendo devido a pandemia de COVID-19, mas caso não seja isso, por favor, faça um esforço e vá.

Posso dizer com total segurança que esse é o melhor da trilogia tendo o Tom Holland no papel do Aracnídeo. Todos os elementos que fazem uma ótima história estão ali. Temos muita aventura, drama, comédia e muita emoção. Tudo entranhado de uma forma bem orgânica. Nessa história também entendemos porque o Homem-Aranha é um dos personagens mais queridos pelos fãs. Seu dilema moral acarreta vários problemas e falamos também de um sacrifício heroico para o bem de todos. Isso é ser herói, isso é ser o Homem-Aranha. Fazer o bem sem buscar as glórias e a frase clássica “grandes poderes trazem grandes responsabilidades” está no longa e você irá chorar quando ela for proferida.

Nem tudo são flores, consegui identificar uns erros aqui e ali. O roteiro dá uma brecha enorme para mais coisas acontecerem, mas é simplesmente deixado de lado. Como se não tivesse sido possível colocar em tela todos que deveriam estar ali. Embora o fan service seja uma maravilha, algumas coisas me pareceram jogadas e exageradas. Isso não piora em nada toda a amplitude do longa, mas se for visto por uma pessoa que não é tão fã ou até mesmo daqui uns anos possa parecer um pouco datada e forçada. Algumas facilidades tiradas do nada também pode deixar o espectador mais criterioso um pouco irritado.

O elenco está afinadíssimo. Tanto do lado dos heróis quanto do lado dos vilões. As crianças são um belo destaque (Tom Holland, Zendaya e Jacob Batalon), mas quem brilha muito são os nossos vilões veteranos. Alfred Molina, Jamie Foxx e principalmente Willem Dafoe que nos dá uma interpretação que já considero clássica e que será lembrada por muito tempo. Além deles, tenho que deixar um destaque para Marisa Tomei, que embora tenha poucas cenas, ela conseguiu se tornar, enfim, memorável.

Por mais que muitas coisas estejam na boca do povo, tenha certeza que você não está preparado para os acontecimentos ocorridos aqui. Seu final terá consequências drásticas no herói e daqui para frente teremos uma nova fase para ele. A produtora da Sony, Amy Pascal, confirmou mais uma trilogia do herói e já fico ansioso só de pensar o que virá pela frente. As pessoas o amam porque se identificam com ele, pois acaba sendo o herói com os problemas mais mundanos.

São tantas coisas para comentar, que infelizmente não terei espaço aqui, mas saibam que estarão diante de uma das melhores coisas saídas no cinema esse ano.

Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa já se encontra em cartaz nos cinemas.