Gigolô Americano: A Série

Muito se fala sobre a objetificação do corpo feminino. Nos anos 80 houve um pequeno movimento contrário no cinema, foi o caso de produções como “Top Gun – Ases Indomáveis” e “Gigolô Americano”, que focavam na figura masculina em detrimento da feminina, algo bastante raro. Eis que mais de 30 anos depois, chegou aos cinemas “Top Gun – Maverick”, que presta homenagem ao seu original, e mais de 40 anos depois, a série “Gigolô Americano”. Ambas fazendo referencias às suas predecessoras, porém, em moldes mais atuais.

O protagonista Julien não é mais interpretado por Richard Gere (Uma Linda Mulher) e sim, por Jon Bernthal (O Justiceiro). Somos apresentados as origens do personagem, desde a infância repleta de abusos que culminaram com a profissão de gigolô. Além disso, vamos para o futuro onde Julien ficou preso durante 15 anos por um crime que aparentemente não cometeu. Ao ser solto, precisa encontrar seu lugar em um mundo bem diferente do que deixou. Além dos traumas, coração partido e pensamentos conflitantes, há ainda um vilão obsessivo e crimes a serem desvendados

 

O diretor David Hollander (Ray Donovan, O Filme) optou por utilizar bastante os recursos flashback e flashforward para mostrar a bagunça que é e sempre foi a vida de nosso protagonista, é preciso atenção dobrada para não se perder em tantas passagens de tempo. Um mistério instigante e as lindas paisagens de Los Angeles mantém o espectador ávido por mais episódios. Outro ponto alto da série é a presença da atriz Gretchen Mol (BoardwalkEmpire).