Ghostbusters: Mais Além


Ghostbusters: Mais Além
 é daqueles tipos de filme que irá fazer o mais saudosista chorar. Ele é continuação direta dos filmes antigos: Os Caça-Fantasmas (1984) e Os Caça-Fantasmas 2 (1989). Eu diria até que ele é uma continuação direta do primeiro mesmo. O filme de 2016 que foi estrelado por Melissa McCarthy (Missão Madrinha de Casamento) e Kristen Wiig (Mulher Maravilha 1984) foi completamente ignorado. Sei que a maioria não gostou dele, mas eu gostei bastante, mas tudo bem não fazer parte da cronologia. A nova geração de heróis surge muito boa, mas derrapa nas incongruências do roteiro.

 

Sinopse: Uma mãe solo e seus dois filhos se mudam para uma nova cidade e descobrem que têm uma conexão com os Caça-Fantasmas originais e o legado secreto de seu avô.”

 

Vou dizer que comentar sobre esse filme sem poder soltar spoiler é uma tortura para a minha pessoa, mas tentarei falar dele sem comentar nada sobre a história em si. Vou passar unicamente minhas impressões do que eu vi, sejam as partes boas e ruins. Primeiramente, vou dizer as coisas que me agradaram dessa vez. De longe, posso dizer que os novos caça-fantasmas são maravilhosos e caíram como uma luva nessa aventura fantasmagórica.

 

As crianças foram escolhidas perfeitamente e nem estou falando do Finn Wolfhard (Stranger Things), mas sim de McKenna Grace (Eu, Tonya) e Logan Kim (sua estreia em filmes). Eles são ótimos em suas “nerdices” e somam bastante a trama. Vê-los em cena é muito bom e a adição deles foi acertadíssima. Essa revigorada da franquia com sangue jovem foi uma escolha muito acertada e o trio principal formado pelas crianças nos traz a melhor cena de ação do filme. A mais divertida e empolgante fazendo com que eu sentisse falta de mais cenas do tipo durante o longa.

 

Outro ponto positivo foi a junção dos personagens antigos com os novos. A ligação se transforma em algo bastante emocionante para os saudosistas no final. Essa é a parte que não posso falar, mas que tá na ponta da língua para espalhar para todo mundo. Não quero entrar em mais detalhes do que isso. Apesar desse ser um dos melhores momentos, também devo dizer que é nesse momento que acontece algo que acaba encaixado na história de uma forma repentina e até mesmo forçada. Tive sentimentos conflituosos nesse momento: alegria, emoção, estranheza e um pouco de incômodo por achar que as falas não funcionam.

 

Por falar nisso, devo dizer o que mais me incomodou no longa: o roteiro. Ele foi escrito por Gil Kenan (A Casa Monstro), Jason Reitman (Juno) que também é o diretor e por Dan Aykroyd (o Dr. Raymond Stantz do original). Ao mesmo tempo em que ele quer prestar uma homenagem e que quer ser saudosistas com os fãs, eles criaram um roteiro que se contradiz e que não dão motivos reais para algumas decisões. Além disso, ele meio que copia a história dos anteriores criando uma possível mística ao ligar os acontecimentos de 1984 com o presente. Nessa, sobra até mesmo para um J. K. Simmons (Whiplash: Em Busca da Perfeição) que até agora não sei o que foi fazer ali. Muito sem sentido. Somado a isso temos um Paul Rudd (Homem-Aranha), ator do qual eu amo, não tendo uma participação digna, mas esse detalhe já é uma questão pessoal minha.

 

Fiquem ligados que tem 2 cenas pós-crédito. A primeira cena é logo no início dos créditos mostrando uma cena divertida para os saudosos e na segunda é o prenúncio do que virá pela frente. É isso mesmo, a franquia irá continuar. Agora que tem sangue novo, muitas coisas boas podem sair daí. Talvez com essa mescla do antigo com o novo, algo de bom realmente pode surgir. Só espero que melhorem o roteiro, o deixando com as motivações mais críveis.