Furiosa: Uma Saga Mad Max

O cineasta George Miller segue certinha a cartilha de Alfred Hitchcock que dizia que cinema é imagem. Apesar de seu propósito ser exatamente esse, o de fazer um filme usando linguagem cinematográfica, imagem e cenas de ação sem quase nenhum diálogo, o longa por isso acaba não sendo para todos os públicos.

A trama segue a história de origem de Furiosa que no filme anterior é interpretada por Charlize Theron. Uma menina que é roubada do mundo que conhece e agora vive em busca de sobreviver a um lugar brutal e de vingança.

 

Apesar do elenco de peso que conta com protagonismo de Anya Taylor-Joy (Furiosa quando adulta) que já demonstrou enorme talento em outra oportunidade, como em “Noite Passada no Soho”, “O Menu”, “Fragmentado” e outros, quem rouba a cena é Chris Hemsworth, com seu vilão extremamente engraçado, falastrão e verborrágico, Dementus. É dele que vem a maioria dos poucos momentos de fala da trama. Hemsworth tem aqui a chance de se distanciar de Thor. Sua aparência de galã é modificada. Com sucesso demonstra saber atuar, não sendo ator de um papel só ou apenas um rostinho bonito.

As explosões e o universo distópico criados na franquia Mad Max original iniciada em 1979, e que ganhou majestosas cenas e novo recursos em “Mad Max: Estrada da Fúria” (2015) continua aqui e conta até mesmo com mais efeitos visuais. A fotografia é belíssima, fazendo deste trabalho de Miller uma obra que deve ser vista na tela grande do cinema, preferencialmente em IMAX.

Apesar dos efeitos visuais e sonoros que como é de se esperar, contar com mil tiros, explosões e perseguição na estrada, as 2:30 de filme acabam sendo um pouco longas. Obrigatório para fãs de ação e explosões.