Elvis

O diretor e roteirista Baz Luhrmann divide opiniões por seu estilo ser bastante característico. Alguns amam e outros detestam. Diferente de Elvis, o rei do rock, que é e sempre foi febre mundial. Unindo o controverso diretor conhecido por “Moulin Rouge” (2001) e” Grande Gatzby” (2013), à história de Elvis em conjunto com uma boa dose de fantasia o resultado é um espetáculo de luzes, emoção e muita música, mas que mesmo assim, pode desagradar ao fã mais cartesiano do cantor. O filme cumpre o que se propõe a fazer e promete agradar aos fãs de Luhrmann.

A trama é narrada por Coronel Parker, o empresário de Elvis, que é brilhantemente interpretado pelo camaleônico, Tom Hanks (Naufrago). O “vilão” da história do cantor, mas que narra o longa colocando a culpa nos fãs. Vemos a as origens de Elvis, sua ascensão e declínio.

 

A beleza do filme não está na história de Elvis, que acaba sendo um pouco fantasiosa, mas sim no show de luzes e cores característicos de Baz Luhrmann e seus papeis de parede sempre utilizados. Em conjunto com atuações espetaculares, maquiagens dignas de indicação ao Oscar e nas analogias criadas entre Elvis, super-heróis e a cultura afro-americana que era tão marginalizada na época. Sem focar muito no tema, o diretor mostra o racismo e como o sucesso de Elvis só foi possível por ele utilizar elementos que já eram utilizados pelos negros em danças e canções mas que acabaram sendo aceitos apesar de protestos, unicamente por ele ser branco.

Como era de se esperar, as músicas são contagiantes, fazendo com que as duas horas e quarenta minutos de projeção passem voando. A performance de Austin Butler, ator que interpreta Elvis, combinada com as roupas e maquiagens o tornam assustadoramente parecido com o cantor. São misturadas cenas do filme com cenas reais que até mesmo se confundem de tão semelhantes.