Bill & Ted: Encare a Música

Quem diria quem em pleno 2021 estaria falando de uma franquia de 30 anos atrás que não tinha a menor lembrança até falarem de novo nela. Eu vi os dois longas originais ainda criança e não me lembro de ter revisto com o passar do tempo. Queria ter visto novamente, mas acabou que não deu e tive que acompanhar essa terceira aventura da dupla apenas com a memória longínqua. Lembro de ser uma história muito louca de dois adolescentes amantes de música e meio estranhos que viajavam no tempo, conheciam a Morte e salvavam o mundo. Esse terceiro capítulo tem tudo isso que eu acabei de citar.

Sinopse: “Bill & Ted: Encare a Música acompanha Ted (Keanu Reeves) e Bill (Alex Winter), dois rapazes que atingiram a meia idade, fazendo com que suas preocupações voltem-se para suas famílias e outras responsabilidades da vida adulta. Depois de anos lidando com a frustração de ainda não terem escrito a melhor música de todos os tempos, eles recebem a visita de uma mulher do futuro e descobrem que apenas uma música criada por eles pode salvar o mundo.”

Fui esperando a pior coisa do mundo, pois na minha mente, esse tipo de humor já não tem mais espaço nos dias de hoje. Eles são algo parecido com a geração Beavis and Butthead(desenho da MTV nos anos 90), que sãodois adolescentes retardados que não querem saber de nada da vida, mas não foi o que eu vi. Amo estar errado em alguns momentos e esse foi um deles. Não me entendam mal, o filme é bobo demais beirando a infantilidade, ainda assim ele é bem divertido. Conseguiu me entreter sem parecer grandioso e memorável, apenas com carisma dos personagens e situações dantescas.

Entre essas situações absurdas temos a reunião dos maiores músicos da história como Jimi Hendrix, Louis Armstrong, Mozart e até mesmo um baterista de 10.000 A.C.; e novamente o reencontro com a Morte onde rola uma DR (discussão de relacionamento) entre os protagonistas e ela com direito a desculpas e lágrimas. Isso sem falar no robô responsável por mandar todos ao inferno, que descobrimos ter um bom coração e que seu maior desejo é dançar. O Nonsense brilha e me faz ter lembranças gloriosas de coisas como o Guia do Mochileiro das Galáxias.

Keanu Reeves(Matrix) e Alex Winter(Os Garotos Perdidos) estão iguaizinhos como há 30 anos, os mesmos trejeitos, mesmas manias e faz com que pareça que eles não evoluíram como pessoas. Agora cada um deles têm uma filha que se assemelha respectivamente com cada um dos dois e que dão uma vida maior a história. Não deixando as loucuras apenas para os protagonistas, assim dividindo de uma forma bem generosa o tempo de tela e as loucuras que esse mundo nos dá.

Filme para poucos, apenas para os amantes do original e do nonsense. Se não estiver vibrando na mesma sintonia é bem provável que vá achar uma das piores coisas do mundo. Ele funciona muito bem dessa forma, sendo bobo sem soar pretensioso em nenhum momento. Ainda temos uma cena pós-crédito que é idiota mas que é engraçada se estiver inserido no contexto do que foi mostrado no longo de 1h34 de metragem.