As Múmias e o Anel Perdido

Assim que comecei a ver ‘As Múmias e o Anel Perdido’ na tela, rapidamente algo me veio a cabeça. O seu “desenho” parecia demais com os da franquia ‘As Aventuras de Tadeo’. Pesquisei e descobri que o diretor da obra dessa crítica, Juan Jesús García Galocha, era nada mais nada menos que o diretor de arte do outro filme que mencionei. Aliás, essa não é a única semelhança entre eles. Os dois filmes são produções espanholas do mesmo estúdio, Anangu Grup, e possuem a mesma aura de aventura infantil que vai divertir aos mais jovens.

Sinopse: “O filme acompanha as divertidas aventuras de três múmias egípcias que vivem numa cidade secreta subterrânea sob as pirâmides do antigo Egito – uma princesa, um piloto de corrida de bigas e o irmão mais novo dele, inseparável de seu bebê crocodilo de estimação. Após uma série de infelizes acasos, o trio de múmias e seu pet embarcam numa hilária e agitada jornada na Londres atual à procura de um anel ancestral, de propriedade da Família Real das Múmias, roubado pelo ambicioso arqueólogo Lorde Carnaby.”

Se você já viu algum longa animado da franquia do ‘Tadeo Jones’, você vai saber exatamente o que encontrar aqui. Caso nunca tenha visto, vou tentar te ambientar para saber o que irá encontrar. Esse é o tipo de longa animado feito para as crianças. Uma animação 3D simples, sem muitos efeitos tecnológicos, mas que se propõe a divertir sem ser nada complexo. Personagens fofos e cativantes aliados a um inimigo humano bem ganancioso que só consegue visar o lucro sem se importar com ninguém.

Quando afirmei que ele não busca ser complexo, é exatamente isso que quero dizer. A história é simples, bem infantil e usa o poder do roteirista a seu favor o tempo todo. Um exemplo disso, é o fato de que em uma perseguição de “carros”, um personagem fica pra trás e, ele simplesmente aparece o tempo todo como se tivesse na frente dessa perseguição como se ele fosse um teletransportador. Entenda, estou sendo chato apenas para desenhar em sua cabeça o nível desse roteiro. Nem considero erro, considero um artifício lúdico para divertir ainda mais o público atento.

Levando em conta todos os seus problemas e tendo passado pano para praticamente tudo, posso dizer que conseguiu me divertir e tirar alguns sorrisos de canto de boca. Por um triz, ele não me conquistou de vez. Nele, temos alguns poucos números musicais que no geral acabam sendo fracos. Se esse detalhe fosse bom, eu esqueceria de tudo e daria nota 10 sem nem olhar para trás. As músicas são bem fraquinhas e nem me lembro mais delas. Uma pena, queria ter amado esses momentos.

Devo lembrar que ele não foi feito para o público adulto, e sim para aquela criança que está emburrada em casa doida para ir respirar ar puro na rua. Leve ela e pode ser que você se divirta muito mais do que se fosse sozinho. Resumindo, ele é uma boa aventura que vai ser um belo passatempo. Ainda mais se considerarmos todo esse calor. Passar 1 hora e meia dentro do ar-condicionado me parece uma ótima ideia, seja lá o que você quiser para si realmente.