Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindewald
Nem sempre fui fã desse mundo mágico criado por J. K. Rowling. Inicialmente, virava o olho ao ouvir falar de Harry Potter, mas, aos poucos, fui sendo fisgado pela franquia. Vi os filmes e resolvi me aprofundar nos livros. Fiquei tão envolvido que, quando terminei de ler todos eles, fiquei até meio triste por não ter mais nada desse universo para consumir. E eis minha felicidade ao ver Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindewald. Seguindo outros personagens, em outra época, com sua magia a pleno vapor e vendo essa história se entrelaçar, nem que seja aos poucos, com os eventos do bruxo que derrotou Lord Voldemort.
Sinopse: “Newt Scamander reencontra os queridos amigos Tina Goldstein, Queenie Goldstein e Jacob Kowalski. Ele é recrutado pelo seu antigo professor em Hogwarts, Alvo Dumbledore, para enfrentar o terrível bruxo das trevas Gellert Grindelwald, que escapou da custódia da Macusa (Congresso Mágico dos EUA) e está reunindo seguidores, dividindo o mundo entre magos sangue puro e não-mágicos”.
O que mais me impressionou nesse filme foi a qualidade da direção de arte e o uso da magia nas coisas cotidianas. Acho simplesmente fantástico e de uma genialidade tremenda explicar com mágica muitas coisas normais de nossas vidas. Voltando ao normal, após meu vislumbre, tenho que dizer que esse episódio é bom, mas muito longe de ser espetacular. Um filme com poucas cenas de ação e uma grande barriga no meio. Mesmo com novos mistérios, que são solucionados aos poucos, achei devagar. Até o clímax, que era para ter sido o grande momento, não conseguiu me empolgar tanto.
Temos de volta o quarteto principal do longa anterior, com a adesão de novos personagens. E o mais querido desses é Alvo Dumbledore, agora mais jovem e vivido por Jude Law (O Talentoso Ripley). Ele ainda não é o protagonista, mas prevejo ele tomando as rédeas num futuro próximo. Os animais fantásticos do título também estão aqui, temos, assim, criaturas já conhecidas e outras novinhas que farão nos apaixonarmos por estes seres inimagináveis.
Uma característica grande das histórias deste mundo é a quantidade de mistérios. Aqui, estes mistérios são grandes e até confusos, em alguns momentos (confesso ter ficado um pouco perdido), mas que, aos poucos, são tacados na nossa cara. Temos alguns easter eggs também e o maior deles vem de Nicolas Flamel e Nagini. O primeiro é o grande criador da pedra filosofal e a segunda é a cobra que serve como uma das horcrux de Voldemort, mostrada em sua forma humana e explicando sua condição.
Esse filme acaba de uma forma tão surpreendente, que eu fiquei com vontade de ver o terceiro logo. Não acaba aberto, mas nos dá um gancho gigante para a sua continuação. Não estraguem a surpresa e não contem para ninguém. O que me anima muito para a sequência é este gancho e os boatos de que a história pode se passar no Brasil. Imagina quantos seres do nosso folclore podem ser usados aqui? Curupira, Mula Sem Cabeça, Saci, Boitatá e por aí vai. Seria incrível. E como estes boatos estão todos vindo de J. K Rowling, a chance é enorme.