Amor Em Jogo

Vou começar esse texto soltando informações que talvez você não saiba ou não se importe. Amor em Jogo é um filme israelense com o título original de “Kicking Out Shoshana” datado de 2014 que conta com Gal Gadot (Mulher Maravilha), em seu primeiro papel no cinema em solo natal, no elenco. Para quem não sabe, a própria já serviu ao exército de Israel e também já foi Miss Israel em 2004. Ela, certamente, é o maior nome desse elenco; apesar disso, ela é só uma coadjuvante na trama. Após todo esse conhecimento, a única dúvida que vem na minha cabeça é porque demorou tanto tempo para decidirem lançar esse filme em solo nacional.

Sinopse: “Na cidade conservadora de Jerusalém, Ami Shushan (Oshri Cohen), um jogador de futebol israelense, é forçado por um chefe da máfia a se passar por um homossexual, como punição por flertar com a namorada do criminoso. Shoshan é rejeitado por jogadores e fãs de sua equipe, mas se torna um herói da comunidade gay.”

Adoro sentar na sala de cinema sem saber muito sobre um filme. As vezes para mim quanto menos souber, melhor. Sempre acredito que a experiência de não saber nada vai me surpreender e me fazer gostar muito mais do que já saber algo sobre ele. E esse foi um bom exemplo disso. Consegui me divertir e rir em muitos momentos, mas ele é bobo. A estética, a comédia e o ritmo em que ele é levado me lembrou muito nossas comédias nacionais. Aquele humor bobo que em certos momentos podemos sentir uma pitada de vergonha alheia.

Em meio a todo esse humor bobo ainda temos espaço para falar um pouco sobre preconceito. Ao ser forçado a se assumir gay, automaticamente nos é mostrada a outra face de pessoas que só elogiavam você para nos mostrar o quanto um mero detalhe pode fazer da sua vida um inferno e o quanto as pessoas podem ser maldosas, ainda mais quando estão em grupo. O legal aqui é mostrar de uma forma bem humorada que se a vida te der limões, faça uma limonada. Só não gostei muito que ao final, parece que ninguém aprendeu nada e que tá tudo bem em ser preconceituoso.

Um detalhe que também me chamou atenção é o fato de ser uma história passada em Jerusalém. Não conheço, nunca fui, mas acredito que o preconceito contra gays nesse lugar seja algo bem grandioso. Posso estar falando besteira por não ser um profundo conhecedor, mas de qualquer jeito fica aqui registrado a coragem de terem feito algo assim. Se você ama aquelas comédias com atores globais esse é o seu filme. Vá e se divirta da mesma forma que se divertiria com alguma comédia do Leandro Hassum.