Ameaça Profunda

Quando Steven Spielberg lançou “Tubarão” (1975) acabou por criar um gênero. Com apenas duas notas e sem aparecer o animal até quase o fim do longa, nascia um dos vilões mais aterrorizantes da história do cinema. Infelizmente, esse estilo só funcionou em “Tubarão” mesmo. O diretor William Ewbank escolheu só mostrar seu monstro depois de uma hora de projeção o que aqui se torna um pouco cansativo.

Sinopse: “Um grupo de pesquisadores se encontra num laboratório subaquático a onze mil metros de profundidade, quando um terremoto causa a destruição do veículo e expõe a equipe ao risco de morte. Eles são obrigados a caminhar nas profundezas marítimas, com quantidade insuficiente de oxigênio, para tentarem sobreviver. No entanto, conforme se deslocam pelo fundo do mar, descobrem a presença de uma criatura mortal. “

Apesar de se passar em baixo d’água, o filme faz lembrar outro de sobrevivência no espaço. Tentando mirar nos moldes do icônico “Alien” (1979),” Ameaça Profunda” acaba lembrando mais o longa “Vida” (2017). O interessante aqui, é a trama poderia muito bem se passar no espaço, mas se passa a bordo de um submarino. Com certeza uma escolha ousada e inovadora que acaba vindo com a mensagem de que não se deve forçar a natureza brincando de Deus.

Esta produção da Disney estrelada por Kristen Stewart (Corações Perdidos) até consegue divertir de forma despretensiosa, porém, está longe da excelência se tornando um pouco massivo em alguns momentos. Ponto alto para o trabalho de câmera que da o ar de descontrole e sufocamento tão necessários a atmosfera da história.

Com certeza vale ver o desenvolvimento de Stewart como atriz que começou ainda pequena como figurante em “Os Flintstones em Viva Rock Vegas“(2000), depois atuou ao lado de Jodie Foster em “O Quarto do Pânico” (2002). Mas só alcançou a fama em “Crepúsculo” (20011) com uma atuação fraquíssima e hoje tem calibre para atuar em paridade com veteranos como Vincent Cassel.