A Maldição da Residência Hill

Quem me conhece sabe, terror é meu gênero favorito, nunca me canso. Enquanto a maioria dos amantes do gênero assistem apenas de um tipo, eu vejo literalmente todos. Desde os clássicos mais conceituados, passando pelos mais atuais e meio Blockbuster até os lado B mais trashes que ninguém conhece. Apesar dessa forma eclética de amá-los, tenho que confessar que um dos meus tipos favoritos é o da boa e velha casa mal-assombrada. Se você é dos meus, tenho o prazer de lhe abrir as portas da residência Hill.

Ela é uma série fundamentalmente de terror, mas que contem muito drama em sua história. Parece que eu cheguei ao paraíso do meu gênero favorito, este terror possui tudo. É redondinho, bem amarrado, tem desfecho, tem jumpscare sem ser apelativo, tem terror psicológico e tem aparições fantasmagóricas capazes de gelar a sua espinha. Ao assistir tenha em mente, nada é o que parece e muitas vezes o mais assustador que podemos encontrar, está dentro de nós.

Sinopse: “Shirley, Theo, Nell, Luke e Steven (são cinco irmãos que cresceram na mansão Hill, a casa mal-assombrada mais famosa dos Estados Unidos. Agora adultos, eles retornam ao antigo lar e são forçados a confrontar os fantasmas do passado.”

O enredo gira em torno de cinco irmãos atormentados que moraram por um tempo na infame casa. Todos eles (sem nenhuma exceção) são pessoas com problemas psicológicos, o que os diferencia entre si, é que uns acreditam no sobrenatural enquanto outros tentam negá-lo. Uma coisa é certa, todos são traumatizados, porém, cada um lida com os traumas a sua maneira.

Em cada episódio, vai sendo esmiuçado o passado de cada um daqueles adultos, suas visões dos fatos ocorridos na casa e um pequeno resumo do que os levou até ali. O pai e a mãe da família também são presenças importantíssimas em cada capítulo dessa história. Aliás, posso dizer que assim como a casa, eles são forças motrizes da trama.  O tempo todo vamos oscilando entre o tempo vivido na mansão e o tempo presente, sem ficarmos confusos. Por isso, todos os personagens são interpretados por dois atores.

Temos vários famosos no elenco, para citar alguns, temos o patriarca, interpretado por Jackson Thomas Jr (ET – O Extraterrestre) quando jovem, e por Timoty Hutton quando mais velho. O primogênito Steve, interpretado por Michiel Huisman (Game of Thrones, A História de Adaline, Nashville, 2:2 – Encontro Marcado). A irmã mais velha Shirley, que quando criança é Lulu Wilson (Annabelle 2 e Ouija) e quando adulta é Elizabeth Reaser (Crepúsculo e Grey’s Anatomy). A irmã do meio, Theo, que quando criança é Mckenna Grace (Eu, Tonya e Fuller House), dentre muitos outros.  A mãe, talvez seja a mais famosa do elenco, Carla Gugino já veterana no Netflix pelo filme “Jogo Perigoso”.

Embora “A Maldição da Residência Hill”, seja baseada no livro que inspirou “A Casa da Colina”, pensei o tempo todo no meu filme de terror favorito, “Rose Red” (Steven King). Me pergunto se o criador da série, Mike Flanagan, também seria fã do filme. Parece até um reboot mais bem executado. Dou nota 10 para a série, nunca vi nada igual. O desfecho foi tão bem amarrado que não imagino uma continuação.