A Barraca do Beijo
A Netflix tem apostado firme no gênero comédia romântica adolescente. Quase toda semana temos um exemplar, seja de série, seja de filme. Não está errada, vide o fato de fazer um grande sucesso e por ser um gênero fácil de ser digerido. A Barraca do Beijo (2018) meio que acabou sendo um carro-chefe por ter feito um grande sucesso entre os assinantes. Baseado em um best-seller escrito por Beth Reekles, o filme nos mostra uma história leve, divertida e cheia de clichés.
Sinopse: “Melhores amigos desde sempre, Elle (Joey King) e Lee (Joel Courtney) têm a inventiva ideia de gerenciar uma barraca do beijo durante um evento da escola. Para fazer da proposta um sucesso, a garota tenta convencer o galã Noah (Jacob Elordi), seu crush e irmão mais velho de Lee, a participar da brincadeira. Ele mostra-se irredutível, mas os dois acabam se aproximando como nunca, o que estremece a amizade de Elle e Lee.”
Eu o achei tão cliché que se torna até difícil comentar sem parecer me repetir muito com outros textos que fiz do gênero. Ele é divertido sim, tem algumas partes com um humor físico bem pastelão, mas que deixamos passar pela simpatia da protagonista Elle, vivida por Joey King (Invocação do Mal). Ela certamente leva o longa nas costas e sua simpatia consegue cativar todo mundo. Muito difícil não se encantar por ela e não sentir verdade em toda a sua interpretação.
Como todo filme do estilo, as coisas poderiam ser resolvidas com uma boa conversa. Sabemos que toda vez que algum personagem esconde um segredo ele será revelado no pior momento possível deixando todos em volta chateados e aparentemente sem um futuro feliz pela frente. Tudo bem que se não fosse por esses segredos, não haveria história para contar. O problema também é que o dilema principal é bobo e sem sentido se ele for falado em voz alta (acho que estou velho demais).
Tive também um grande problema em aceitar o ator Jacob Elordi como o grande amor de Elle. Nada contra o ator em si, acho ele bom, o meu problema é que fiquei comparando com o personagem que ele faz na série Euphoria. Ele é simplesmente um nojo, uma pessoa odiosa, e aqui ele é o valentão que se apaixona pela melhor amiga do irmão e se mostra um cara gentil e apaixonado. Eles conseguem ser fofos juntos e nos trazem cenas de aquecer o coração prejudicado pela vida adulta.
Ele é um bom filme. Dá pra se divertir tranquilamente em uma tarde de sábado, por exemplo. Tenho que levar em conta que não sou o público-alvo também. Os adolescentes devem se apaixonar pela história. Ele me fez lembrar dos ótimos exemplares que passavam na Sessão da Tarde. Bobos e divertidos. Esse longa segue esses moldes e pode até emocionar alguém mais sensível. Em breve farei a resenha da 2º parte e se preparem que em agosto sai a 3º, e talvez, última parte da história.
A Barraca do Beijo se encontra no catálogo da Nettlix.