Venom: Tempo de Carnificina

O primeiro Venom de 2018 foi um grande fracasso perante a crítica e um verdadeiro sucesso perante o público. O filme arrecadou mais de 800 milhões mundialmente e é lógico que uma continuação teria que ser feita. No final do primeiro temos uma cena pós-crédito nos apresentando a Cletus Kasady, um serial killer condenado a morte e interpretado por Woody Harrelson (Zumbilândia). Os leitores dos quadrinhos já sabiam que o vilão Carnificina viria a seguir e agora temos a continuação chamada de Venom: Tempo de Carnificina.

Sinopse: O relacionamento entre Eddie e Venom está evoluindo. Buscando a melhor forma de lidar com a inevitável simbiose, descobrem como viver juntos e, de alguma forma, se tornarem melhores juntos do que separados.

A escolha do Carnificina para ser o vilão dessa sequência é óbvia por ser um grande vilão dos quadrinhos derivado do Venom, mas complicada porque ele é cruel demais. Em um filme onde a classificação indicativa é de 14 anos, essa “carnificina” não pode ser mostrada assim tão facilmente. O máximo que temos é a indução mental que ele está matando alguém sem mostrar claramente na tela. Temos que mencionar que jorro de sangue também é proibido nessa classificação. O resultado final é apenas um serial killer no papel e não no real. Acho que isso afeta muito o seu mote principal que é estampado no título.

A verdade é que esse detalhe nem deve abalar o público-alvo do personagem. Ele mantém quase que fielmente o mesmo nível do seu anterior. É um filme ruim que dá para divertir se estiver com o coração aberto. Embora eu goste muito do Tom Hardy (Mad Max: Estrada da Fúria) devo dizer que ele aqui me traz uma vergonha alheia sem precedente. Não gosto de sua performance e a única coisa que se salva é a relação íntima dele com o próprio Venom, e olhe lá.

A direção dessa vez fica nas mãos de Andy Serkis. Ele é mais conhecido como ator tendo feito a captura de movimentos do Gollum em O Senhor dos Aneis; o King Kong na versão do Peter Jackson de 2005; e o macaco Cesar em O Planeta dos Macacos. Como diretor ele tem poucos créditos, mas devo dizer que aqui ele faz algo bem seguro e sem inventar. Um filme como esse deve ser muito difícil devido ao seu uso excessivo de efeitos visuais. Principalmente se falarmos da batalha final que é uma confusão visual gigante. No geral, acho que ele foi apenas conservador e acho que ele poderia ter inventado mais.

Como eu demorei demais para fazer essa resenha a cena pós-crédito desse filme já pode ser de conhecimento de todos. Ainda mais que ela tem uma ligação com Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa. Se formos pensar friamente ela acaba sendo desnecessária. Só serviu para o pessoal vibrar no cinema, pois ela não serve para nada e não tem nenhum sentido no roteiro do longa do Teioso. No mais é isso mesmo. Se gostou do primeiro curtirá esse também, se odiou é bem provável que obtenha o mesmo sentimento.

Venom: Tempo de Carnificina já se encontra para aluguel no streamings.