Spencer

Quase todo ano é lançado um filme biográfico que acaba sendo cotado para prêmios, como é o caso de “Jackie” (2016),“A Dama de Ferro” (2011), “Eu, Tonya” (2017), “O Destino de uma Nação” (2017) dentre outros. Neste ano foi “Spencer” onde Kristen Stewart vive a Princesa Diana. Por ser uma personalidade atual que ficou em constante evidência na mídia e tabloides modernos, vindo a falecer em 1997vítima de um acidente de carro, as comparações e a pressão em cima de Kristen é ainda maior que a de suas antecessoras. A atriz que começou ainda criança recebeu papel oficial em “O Quarto Do Pânico” (2002), passou pela saga “Crepúsculo” e galgou seu caminho pelos filmes de arte até da conta do recado, pena que o diretor Pablo Larrain(Jackie e Neruda) não foi capaz de imprimir na protagonista a essência da famosa Lady Di.

Sinopse: Narração de alguns dias consecutivos na vida da princesa dentro da corte. Mostrando os motivos que a levaram a sair do palácio e largar a coroa britânica.

O filme apresenta acontecimentos verídicos já que foram noticiados em mídia ou até mesmo fotografados, além de terem sido testemunhados por diversas pessoas na época. Porém, desde o início o espectador é avisado de que está assistindo a algo com ar um pouco fantasioso, o que é totalmente permitido e muitas vezes bem-vindo.

O enredo se move de forma lenta instigando curiosidade. Quem assisti ao longa acaba se colocando em uma posição de voyeur como se visse a vida oculta da realeza. Os acontecimentos e diálogos escolhidos para ilustrar a personalidade da protagonista dão entonação interessante a trama nos fazendo acreditar que estamos entendendo a princesa. Pena que o escopo acaba deixando a desejar abrindo a interpretações equivocadas. O filme que contêm temática interessante acaba sendo extremamente pretencioso sem necessidade.