A série tem a proposta de ser uma comédia nos moldes “Do que as Mulheres Gostam” (2000), porém, acaba sendo muito mais um musical dramático com cenas bem humoradas. O criador, Austin Winsberg (A Verdade Nua e Crua) acertou em cheio ao nos propor a reflexão de como todos nós carregamos problemas e bagagens emocionais que ninguém imagina. Todos passamos por algo, precisamos de ajuda, mas muitas vezes não somos capazes de pedir. Na série, felizmente, agora todos contam com a ajuda de Zoey capaz de saber através de músicas o que os outros estão sentindo.

Zoey é uma jovem programadora que vive uma vida bem pacata e sem graça quando um dia ao fazer uma tomografia ouvindo musica é acometida por um terremoto. Não sabemos porque (e também a explicação não faria a menor diferença na trama), Zoey começa a ouvir o pensamento das pessoas através de musicas e até mesmo ver shows em estilo “La La Land – Cantando Estações” (2016).

Inicialmente o que chama atenção é o elenco velho conhecido do público composto por Jane Levy (Suburgatory, A Morte do Demônio e O Homem Nas Trevas), Lauren Graham (Gilmore Girls), Skylar Astin (A Escolha Perfeita e Crazy Ex-Girlfriend), Peter Gallagher ( The OC e Enquanto Você Dormia) e Mary Steenburgen (Uma Comédia Romântica e A Proposta). Mas a série vale a pena por muito mais que isso, Zoey faz amizade com Mo (Alex Newell) uma pessoa não binária, animada, DJ que ajuda Zoey a interpretar as músicas. Além de tudo temos romances em moldes “A Garota de Rosa Shocking” e “Alguém Muito Especial” ambos do mestre John Hughes.

Um seriado leve que traz um tema pesado e diverte bastante pela predominância de uma trilha sonora cativante. Obrigatório para fãs de musicais.