Varda Por Ágnes
Para começar a comentar qualquer coisa desse filme, tenho que dizer quem foi Ágnes Varda. Não muito conhecida do público brasileiro em um geral, mas uma das mais criativas e inventivas diretoras que a 7º arte teve ao seu dispor. Seu estilo de filme não é o que agradaria a massa como um todo, tendo eles um foco no realismo documental, entre eles sempre enaltecendo o feminismo e também produzindo críticas sociais de uma forma muito experimental. Ela veio a falecer logo após a produção desse longa, deixando esse documentário como uma homenagem a si mesma mesmo que não tenha sido a intenção. Nada melhor do que você mesmo fazer o apanhado sobre sua obra e vida.
Sinopse: “De mãe da Nouvelle Vague a ícone feminista, a diretora francesa Agnès Varda expõe seus processos de criação e revela sua experiência com o fazer cinematográfico. A cineasta dá um enfoque especial no método de storytelling que ela denomina de “cine-writing”, uma espécie de fórmula utilizada por ela na grande maioria de seus documentários e ficções.”
Nesse tempo todo fazendo resenhas, é a primeira vez que escrevo sobre um documentário. Embora seja interessantíssimo saber tudo sobre a diretora, seus métodos de criação e suas motivações, ele é um longa que pode ser cansativo. Principalmente se não for um grande conhecedor de sua obra assim como eu. Nunca vi nenhum filme dela, o que me deixa até mesmo um pouco constrangido por me dizer um amante de cinema diante dessa falha grotesca de minha parte.
O que mais fiquei abismado não foi exatamente sobre os seus filmes, mas sim sobre as suas invenções criadas para serem apresentadas em museus. Coisas que veríamos em um CCBB da vida e que eu teria prazer de prestigiar. Esse foi o principal viés de que ela realmente é uma pessoa bem evoluída no cenário. Enquanto vangloriamos produções com orçamento astronômico nos esquecemos que muitas vezes a coisa mais simples pode parecer mais genial do que qualquer outra coisa.
Recomendo esse documentário somente para os fãs da diretora e para os amantes de cinema. Quando digo amantes de cinema, eu me refiro a pessoas que entram fundo em obras longe do mainstream e que gostam de uma veia experimental. Não é para qualquer um mesmo. Com isso, fico me perguntando quantos diretores com essa mesma pegada temos por aí mas que acabam sendo de difícil acesso devido as barreiras populares e com uma dificuldade maior para obter tais obras geniais.