Uncharted: Fora do Mapa

Uncharted: Fora do Mapa é o novo filme da Sony Pictures em parceria com a Playstation que dá vida a um dos jogos mais aclamados do console da Sony. É com vergonha que vou dizer, mas nunca joguei nenhum título dessa franquia. Sei que é uma maldade, sempre quis, mas a verdade é que nunca tive uma real oportunidade para tal. O que posso dizer, e tenho certeza que os amantes dos jogos vão me odiar, é que ele lembra demais jogos como Tomb Raider e filmes como Indiana Jones e A Lenda do Tesouro Perdido. Como não sou fã, e por isso tenha perdido muitas referências, digo que ele demora para engrenar e quando consegue é só diversão.

Sinopse: Nathan Drake e seu parceiro canastrão Victor “Sully” Sullivan embarcam em uma perigosa busca para encontrar o maior tesouro jamais encontrado. Enquanto isso, eles também rastreiam pistas que podem levar ao irmão perdido de Nathan.”

Esse filme conseguiu me conquistar aos poucos. Ele começa no meio de uma cena de ação gigantesca e corta para os eventos que levou o nosso protagonista até ali. O seu primeiro ato é um pouco lento, mas necessário. Precisamos conhecer um pouco sobre ele e como é o seu caráter. Não demora muito e já conhecemos o Sully, vivido pelo Mark Whalberg(Os Infiltrados), um homem experiente e completamente escaldado com o mundo. O medo da traição o torna um personagem muito bom.

A traição é um cliché em histórias de busca ao tesouro. No final, sempre descobrimos que no grupo sempre tinha alguém com segundas intenções. Essa brincadeira é feita o tempo todo aqui e isso se torna um dos pontos positivos dele. Nunca sabemos em quem confiar direito e acaba sendo um dos grandes motes. Confiar em alguém pode ser muito difícil, mas é preciso para alcançar seus objetivos.

Outro ponto positivo nele é a ação. Ele começa com pequenas cenas e nada grandiosas. Bem comedidas e sendo o suficiente para o momento. Isso é muito bom porque quando entram a cenas que realmente são destaques, nossos olhos saltam à tela e até nos ajeitamos melhor nas cadeiras. Entre elas, tem duas cenas que para mim foram os grandes destaques:a cena do avião e a perseguição de helicópteros carregando navios. Essa última é incrível demais e realmente me empolgou a ponto de esboçar um sorriso de felicidade. Ela faz parte do clímax e souberam dosar isso muito bem.

Voltando um pouco, posso dizer que consegui comprar a ideia do filme mesmo que eu ficasse o tempo todo comparando com outras obras por aí. Ideias parecidas, clima também, mas bem ou mal Uncharted tem o seu diferencial. Muito disso eu tenho que colocar na conta do Tom Holland (Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa). O personagem nos jogos é mais velho e muitos chiaram pela escolha do ator no papel, mas posso dizer que está em boas mão sim. Ele é muito bom e não há nada para se falar mal dele. Ele consegue levar as 2 horas de projeção nas costas.

Como ponto negativo eu só tenho algo a falar. O artifício de matar um vilão para tornar o outro vilão pior que o primeiro é terrível. Tudo isso para mostrar como ele é terrível demais, mas para mim não funciona. Só desperdiça um personagem que certamente teria o que acrescentar a trama. Acho que esse fica como a pior coisa do filme.

Para os fãs da franquia também tem coisas bem legais. Nunca joguei, mas não sou um total ignorante sobre ela. A origem do famoso coletinho da pistola é mostrado aqui, além da aparição do dublador original do personagem nos jogos, Nolan North. É uma cena tacada, mas quem estiver por dentro vai entender. Certamente tem outros detalhes por aí, mas aí vou deixar para os especialistas.

Ainda temos uma cena durante os créditos que nos mostra um vislumbre do futuro. Gostei e quero logo um a continuação para ontem.

Uncharted: Fora do Mapa chega nos cinemas em 17 de fevereiro.