Um Jantar Entre Espiões
Estrelado pelo Chris Pine (Star Trek) e pela Thandiwe Newton (Westworld), e dirigido por Janus Metz (Borg você McEnroe). O roteiro ficou na responsabilidade de Olen Steinhauer, que não por acaso é o responsável pelo livro em que esse material é baseado, lançado em 2015 e que logo virou um best-seller. Como todo livro que faz sucesso vira filme, esse aqui não poderia ser diferente.
Sinopse: “Henry (Chris Pine) e Celia (Thandiwe Newton) eram agentes da CIA e amantes, juntos os dois viveram um tormento em uma missão em Viena, seis anos atrás. Na tentativa de resgatar centenas de reféns das mãos de terroristas tudo acabou dando errado, e agora Henry e Celia tentam viver com as consequências daquela noite.”
Após ter visto o longa e antes de saber que ele era baseado em uma obra, cantei a pedra de que ele tinha todo o jeito de ser um bom thriller de espionagem oriundo de um livro. Tenho a certeza absoluta também que o material original é bem melhor do que o que vimos aqui. Mesmo que o responsável pelo roteiro seja a mesma pessoa. As mídias são diferentes e acredito que muita coisa se perde pelo caminho quando esse caminho é traçado.
Veja bem, não estou dizendo que o filme é ruim, mas acredito que ele fica um pouco abaixo do esperado. A história é boa, mas fiquei um pouco confuso em certos momentos. Ele não é uma história de ação e sim de suspense. Afinal quem foi o traidor? A história vai se desenrolando bem, mas me pareceu que no final foi tudo em vão. As cartas já estavam marcadas desde o início. Essa minha frase só fará sentido depois que vê-lo e aí sim vai entender do que estou falando.
Um bom filme de espionagem possui seus clichês clássicos. O maior deles é saber que sempre haverá um traidor. Nesse caso, isso já é informado desde o início. O segundo maior clichê do gênero é aquela famosa surpresa no final que dá uma grande reviravolta no roteiro. Esse truque narrativo acontece aqui também. Ele é bom, surpreende, mas faltou alguma coisa mesmo assim. Sinto que essa falta de algo foi culpa do diretor que não soube levar essa grande revelação sem o sentimento de um bom clímax. A grande reviravolta acaba se tornando apenas um acontecimento comum.
Ele não é perfeito, mas acho válido vê-lo. Digo isso ainda mais para quem for fã do gênero de espionagem. Apesar de uma condução ruim da direção, ao meu ver, o resultado final acaba sendo minimamente satisfatório e que vai agradar o público. Nem toda história precisa ser grandiosa, basta que seja eficaz e acredito que ela consegue esse objetivo. Os bons atores ajudam nesse contexto. Embora ninguém brilhe como deveria, estão todos concisos e fazendo o que tem que ser feito.