Fazia tempos que não via um filme tão leve e ao mesmo tempo tão doce e pé no chão. A busca da felicidade e do amor sempre está nos rodeando. Muitas vezes ligamos uma coisa à outra, o que nem sempre é verdade, mas podemos dizer que estão conectados sim. Nem que seja simplesmente amar a si mesmo, o que cá entre nós seria o ápice de tudo. Imagina só você se amar e dividir isso com outra pessoa. Acho isso simplesmente o máximo. “Um Amo Inesperado” (El Amor Menos Pensado, no original) é um filme argentino que nos mostra que o amor nunca está tão longe quanto pensamos.

Sinopse: “Marcos e Ana estão casados há 25 anos e seu relacionamento já não está mais funcionando. Quando seu filho deixa a Argentina para estudar fora, os dois decidem se divorciar. Porém, a vida de solteiro não é tão fácil quanto eles esperavam e Marcos acaba chamando Ana para sair com ele novamente.”

O filme é simplesmente muito fácil de engolir. Todos já passaram por uma separação, seja de casamento ou até mesmo de um namoro. Com isso, já conseguimos nos conectar com os personagens principais. Ter que aprender a ser solteiro depois de anos com uma pessoa é muito difícil. Se adaptar a essa nova situação nos traz momentos de solidão e também de muita comédia. São essas experiências que nos fazem sentir vivos de verdade e que talvez façam perceber que o amor de nossas vidas sempre esteve lá. Mas férias de um relacionamento duradouro nunca são demais. Acredito que o longa só peque por tudo parecer leve demais, não mostrando muito bem os momentos de solidão que certamente eles teriam.

Não é de hoje que amo o cinema argentino, já faz muito tempo que sou um fã ardoroso dele. O que falar de Ricardo Darin (O Segredo dos Seus Olhos)? Já vi milhares de filmes com ele e não me lembro de ter achado algum ruim. É sempre um ator que entrega o seu melhor. Vê-lo em tela é simplesmente prazeroso. Sua parceira no longa também não fica atrás. Mercedes Morán (Clube da Lua) também está ótima como o contraponto feminino nos mostrando como uma mulher ainda pode se divertir no auge da sua maturidade e ainda assim passar por momentos vergonhosos.

Recomendo a todos essa comédia de situação que nos mostra que devemos sim buscar nossa felicidade, mas que talvez não tenhamos que procurar tanto assim. Olhar para o lado pode ser o melhor a se fazer. E independente do que for, seja feliz primeiro, só depois busque alguém para ser feliz com você. Parafraseando o personagem de Ricardo Darin: “Não há nada mais pornográfico que a felicidade”