Em um primeiro momento, a nova série da HBO para ser sobre poderes mágicos, talvez bruxaria como “Salém” (de 2014 à 2017) ou algo gótico como “Penny Dreadfull” (de 2014 à 2016). Em um segundo momento, por conta dos toques de humor, vindos principalmente das duas personagens mais novas, somos remetidos à “Animais Fantásticos e Onde Habitam” (2016). Por fim, chegamos a conclusão que “The Never” se assemelha mesmo é a franquia “X-Men”. O que pode agradar muitos e frustrar outros. A série que inicialmente parece algo histórico ou sobrenatural é na verdade em grande maioria uma ficção científica que se da no passado.

Sinopse: Na era vitoriana, um grupo de pessoas em sua maioria mulheres descobrem ter habilidade incomuns, com isso surgem inimigos implacáveis e missões que podem mudar o mundo.

Muitas ideias são jogadas ao longo da trama, nos fazendo acreditar mais à frente serão esmiuçadas, o que infelizmente não acontece. Assim, ideias boas que causam curiosidade ficam sem desfecho. Talvez todas as premissas sejam mais trabalhadas em uma segunda temporada, ainda assim, é o suficiente para frustrar o expectador.

As atuações estão primorosas, principalmente na delicadeza da interpretação de Ann Skelly (Vikings). Em sua personagem, doçura e genialidade se misturam em perfeita harmonia. O ator Denis O’Hare (True Blood) como sempre entrega um vilão impecável.

Alegorias e efeitos especiais primorosos dignos de uma superprodução infelizmente não são suficientes para segurar a trama repleta de erros de continuidade. O ponto alto, além das atuações, está nas constantes reviravoltas que deixa uma grande surpresa para o final. Os mais atentos já terão desvendado ao longo da temporada.