The Munsters (2022)
Em 1964 chegava à tv a série “Os Monstros”, uma comédia com o cotidiano de uma família bem diferente composta por Herman (Frankstein), Lily (Vampira), Vovô (Conde Drácula) e Eddie (Lobisomem). A família gótica passava por várias desventuras cômicas, o que gerou muitas comparações com sua contemporânea, “A Família Addams”. O filme “The Musters” chega quase 60 anos depois com a proposta de ser um prequel das histórias narradas na série e explicar como a família foi da Transilvânia para os Estados Unidos.
Na trama, Lily (Sheri Moon Zombie) quer se casar, mas não gosta de nenhum dos seus muitos pretendentes, quando vê pela TV o comediante e musico Herman Munster (Jeff Daniel Phillips) por quem se apaixona perdidamente. O problema é que seu pai é totalmente contra a união. Em paralelo uma cigana faz de tudo para ficar com a propriedade da família e acaba envolvendo nos seus esquemas, o lobisomem trapalhão Lester (Tomas Boykin), irmão de Lily.
Quem é conhecedor das obras de Rob Zombie, provavelmente está esperando algo nos moldes da franquia “Os Três Infernais” ou sua versão psicodélica de “Halloween”, porém, o longa se assemelha muito mais a um filme de Tim Burton só que mais humorizado. Os bons momentos vêm da trilha sonora, cenários, cores e criatividade. Vale pontuar também a atuação de Jeff Daniel Phillips, um Herman que alcança o nível do original. Vários momentos cômicos vem do personagem Floop (Jorge Garcia), amigo de Herman que ajudou na sua criação. Contamos ainda com a inusitada participação da atriz Cassandra Peterson, a eterna Elvira Rainha das Trevas.
Pena que apesar da boa ideia a trama não engata. Não temos a fórmula fílmica tradicional com ápice e desfecho, a narrativa é toda meio morna. E a atuação da musa de Zobie, sua mulher Sheri Moon que está em todos os seus filmes desde o casamento, está muito caricata, deixando bastante a desejar. Por fim, o longa vale a pena para nostálgicos fãs mas é bom não manter muitas expectativas de excelência.