The Fabelmans
De uns anos para cá, tem chegado ao circuito filme semi-biográficos sobre famosos diretores, e que fazem também ode ao cinema. É o caso de “Licorice Pizza” de Paul Thomas Anderson (Trama Fantasma” e “Belfast” de Kenneth Branagh, ambos contando um pouco da juventude de seus idealizadores. “The Fabelmans”, não é muito diferente, contando um pouco da história de um jovens Steven Spielberg que assina roteiro e direção
Na trama, a família judia Fabelman muda de cidade com certa frequência por causa do trabalho de seu patriarca Burt (Paul Dano), quase sempre levando com ele o funcionário e amigo Bennie Loewy (Seth Rogen). A matriarca da família, Mitzi (Michelle Williams) é uma pianista e dona de casa bastante fora do comum, parecendo um pouco desequilibrada em alguns momentos. Ainda assim, a família composta por pai, mãe, duas meninas e um menino chamado Sammy (que é a representação de um jovem Steven Spielberg), parece feliz mesmo passando por algumas dificuldades.
Apesar de alguns momentos de drama de fácil identificação, este é um filme leve, de amor ao cinema, família, e um retrato de como é crescer, uma vez que o ator que interpreta Sammy muda, quando pequeno é Mateo Zoryan e quando adolescente é Gabriel LaBelle (Gigolô Americano – a série).
O longa é cheio de poesia, momentos reais, momentos fantasiosos, e direção que utiliza objetos como importantes instrumentos narrativos. Tudo envolto em aura cinematográfica. Personagens da vida real fazem pequenas e importantes aparições. Seu intuito é também mostrar o poder da câmera, seja para se descobrir verdades, seja para transformar até a pior das pessoas em um herói. Merecidamente saiu como grande vencedor do Globo de Ouro.
“The Fabelmans” traz ainda sacrifícios, sonhos, primeiro amor, antissemitismo, problemas psicológicos e a importante mensagem de seguir seus sonhos e esperar a sua vez. Tudo aqui tem a cara do Oscar.