Terrifier 2
Nos anos 70 os slashers realmente chegaram ao cinema com “O Massacre da Serra Elétrica” e seu assassino Leatherface, um filme com elenco improvisado e baixíssimo orçamento, mas que deu o ponta pé inicial para o prolífero gênero. Não demorou muito para que o genial John Carpenter, presenteasse os fãs do terror com “Halloween” (1978), com seu Michael Myers, um assassino que é pura maldade e de quem temos a visão através da filmagem em vários momentos e sua icônica trilha sonora. Considerado por muitos como o verdadeiro primeiro slasher, com todos os elementos que os qualificam até hoje. Dentre vários outros, veio o afamado “Sexta-Feira 13 (1980) de Sean S. Cunningham, com a premissa de ser um “Psicose” (1960) reverso. Apesar de no primeiro filme não contarmos com Jason Vorhees como assassino, um ano depois fez sua primeira aparição como vilão no filme sequência em 1981 e ganhou o coração do público. Não muito tempo depois, Wes Craven nos presenteou com “A Hora do Pesadelo” (1984) um slasher completamente diferente, com um vilão sobrenatural que mata suas vítimas em sonhos. Dentre muitos outros filmes do gênero, estes assassinos continuam sendo revisitados, ganhando milhares de continuações, reboots e remakes, que muitas vezes agradam aos fãs dos originais e muitas outras, incomodam quem acha que não se deve mexer com os “clássicos”. Já não era sem tempo de um novo vilão slasher ser criado. Art, o palhaço, vem aos moldes de seus antecessores e não decepciona.
Esta continuação faz algumas menções ao primeiro filme, porém não é necessário tê-lo assistido para aproveitar sua continuação. Na trama o palhaço assassino, Art, que matou várias pessoas no Halloween não morreu e nunca foi encontrado. Passado um ano, em um novo Halloween, Art volta à ativa e vai depender dos irmãos Sienna e Jonathan, parar o psicopata.
Diferente do primeiro longa, este conta com personagens de maior identificação para o público, com histórias pregressas que nos fazem torcer por eles. Bastante psicodélico e contando com cenas de aventuras que lembram “A Hora do Pesadelo 3: Os Guerreiros dos Sonhos” (1987). Temos também em Art, um assassino nos moldes de Jason, parece não morrer, mas nada é comprovado.
Repleto de cenas de violência visceral e muito gore, este slasher não é para todos os público e sim para o fã de carnificina e sangue ao extremo. O final é pouco inspirado e fantasioso demais, mas ainda assim, não chega a atrapalhar todo o universo criado ao longo do filme. Resta saber agora se Art irá retornar para uma terceira parte. Fique até o final da projeção para a cena pós-créditos.