Star Wars: Os Últimos Jedi
Não existe franquia, na minha opinião, mais esperada que Star Wars. Acredito que eles não lancem apenas filmes, para mim, eles criam um evento que consegue mobilizar um enorme número de pessoas. Criam uma grande comoção em todos que já tiveram um mínimo de contato com essa experiência (rezemos para pessoas que nunca viram um filme). Não há uma pessoa fã da série que não se arrepie e se emocione quando aparece a frase “a long time ago in a galaxy far, far away” (Há muito tempo em uma galáxia muito, muito distante), seguido do logo STAR WARS junto com a música clássica composta por John Williams e o texto que te contextualiza na trama do longa. Após toda essa ansiedade é que temos a verdadeira degustação da obra, que nesse caso, apesar de não ter achado perfeito, temos coisas muito boas.
Sinopse: “Após encontrar o mítico e recluso Luke Skywalker (Mark Hammil) em uma ilha isolada, a jovem Rey (Daisy Ridley) busca entender o balanço da Força a partir dos ensinamentos do mestre jedi. Paralelamente, o Primeiro Império de Kylo Ren (Adam Driver) se reorganiza para enfrentar a Aliança Rebelde.”
Eu achei que o início deste longa possui uma das cenas mais impressionantes de toda franquia, consegui ficar totalmente sem ar em pouco tempo, eu uma cena épica e destruidora. Após esse início arrasador eu imaginei que já seria o melhor filme de toda a franquia, mas me precipitei. Achei que a partir daí até uma grande parte do filme teve muita barriga, tendo que mostrar vários personagens e dar uma função para cada um, que no final não fez sentido algum. Tramas secundárias que só servem para dar tempo a projeção sem uma função real para a história. Em um clima de urgência que o filme foi posto, ver cenas que não dão em nada quebra um pouco o ritmo.
Como dito no último parágrafo, o clima de emergência colocado no filme é excelente, chegando a ser até um pouco claustrofóbico, pois eles estão a beira do abismo apenas esperando o seu momento final. E aqui vemos outro problema, pois enquanto a Resistência está tomando bala, vemos ao mesmo tempo o treinamento da Rey, e cá entre nós, um treinamento não é rápido, e aqui dá impressão que estava acontecendo ao mesmo tempo da trama principal, tornando a volta dela algo muito repentino e do nada.
Vamos falar de coisas boas. As cenas de ação são maravilhosas e épicas. Dessa parte eu não tenho o que falar mal, achei simplesmente incríveis, destacando principalmente a cena de abertura, as lutas com o sabre de luz e a batalha final do deserto de sal. A direção de Rian Jonhnson (Looper: Assassinos do Futuro) é boa, mas que infelizmente não achei perfeito devido aos furos, o que dá impressão que o filme foi cortado em muitos momentos. A trilha sonora poderia ser mais épica, salvo somente em momentos em que as músicas passadas são lembradas em poucos momentos.
Ver Carrie Fisher em cena sabendo que esse foi seu último filme, me dava uma vontade imensa de chorar o tempo todo. O seu legado foi escrito e será marcado para sempre como a eterna Princesa Leia. Sentiremos saudades de vê-la em cena, o que deixa os produtores com um problema na mão. Como ficará a continuação só saberemos no futuro com o já certo Episódio IX e último desta trilogia. Só podemos esperar e especular com os rumos surpreendentes que acontecem nesse filme.