Sonic: O Filme

Certas coisas da minha infância poderiam ser intocáveis. Sonic é uma dessas coisas. Só o nome já me transporta para uma nostalgia intensa. Ver o logo da SEGA também mexe comigo. Quando anunciaram a adaptação do personagem para o cinema já fiquei nervoso, e quando saiu o primeiro trailer com aquele Sonic horroroso beirando a aberração senti que detestaria. O diretor, Jeff Fowler (dirigindo seu primeiro longa), ouviu o público e deixou o personagem com mais cara de “cartoon” (amém). Ainda assim, não estava levando a sério. Assisti com medo e o resultado foi melhor do que o esperado e acabou que vi algo bem divertido e que acredito que os fãs da franquia gostarão.

Sinopse: “O longa segue as aventuras de Sonic enquanto ele tenta se adaptar à nova vida na Terra com seu novo melhor amigo humano, o policial Tom Wachowski (James Marsden). Sonic e Tom unem forças para tentar impedir que o vilão Dr. Robotnik (Jim Carrey) capture Sonic e use seus poderes para dominar a humanidade.”

O filme começa em Green Hill Zone, a famosa primeira fase do Sonic, me arrepio só de escrever. O lugar é lindo e pena que a história não se passe nesse lugar. Se passa na nossa Terra, em um lugar que se chama Green Hills, que coincidência, não?. Durante uma certa parte do longa ainda é possível escutar a música da famosa primeira fase do jogo (emocionante). Outros elementos, como os anéis que pegamos durante o jogo, tem uma função bem importante e que nos dá margem para diversas cenas de ação bem legais.

Por mais que tenha ido de má vontade e com medo, o que vi me divertiu. Certamente é um filme para crianças e para fãs. Jim Carrey (O Máscara) está super caricato, mas não decepciona e acaba sendo uma das melhores coisas do longa. Vê-lo em cena é sempre maravilhoso e certeza de risadas. As cenas de ação também são divertidas, principalmente a cena do bar, que lembra muito uma cena específica do filme X-Men. Deixo apenas uma reclamação: não gostei da voz do Sonic na versão original, feita por Bill Schwarts (Park and Recreations). Não acho que tenha combinado e só fiquei pensando que se fosse a voz do Ryan Reynolds (Deadpool), teria sido bem melhor.

Minha criança interior ficou muito feliz. Não só a criança, a parte adulta também. Mesmo tendo noção de que o filme não é maravilhoso, ainda assim fiquei feliz e saí contente da sessão. Estava esperando algo tão ruim que o que vi acabou sendo satisfatório. Ao final, temos duas cenas extras durante os créditos. Uma já passa logo após o logo do filme e a outra passa no meio dos créditos. A primeira é boa, pois nos dá ideia do visual de um importante personagem e a segunda é melhor ainda, mas dessa não direi nada.