Passageiros

 

Muito se comenta sobre a criogenia, várias pessoas desejam ser congeladas para reviver daqui há muitos anos  e conhecer um mundo futurista, e é exatamente disto que trata o nosso enredo. Uma nave espacial com cinco mil humanos a bordo, tem como destino um novo planeta que deverá ser habitado como a Terra, um novo começo. Porém, a viagem demoraria em torno de 120 anos, logo os passageiros estão todos “congelados” por vontade própria, mantém-se vivos em um sono profundo plugados a máquinas. Demorando apenas quatro meses para chegarem ao destino, eles serão acordados, e viverão luxuosamente (o grau de conforto dependerá muito do poder aquisitivo) ali na nave, conhecendo uns aos outros, sendo preparados pelos androides e robôs. Porém, há um problema, um passageiro acordou com apenas 30 meses de sono. E agora? Como viver sozinho a bordo de uma nave, sem nenhum contato com ninguém e sabendo que daqui a 90 anos quando chegar ao seu destino já estará morto por conta da idade?

 

Os efeitos especiais são lindos, nunca tinha assistido a um filme em 3D tão bem feito. Apesar de ficar preso mais ou menos ao mesmo papel, sou fã de Chris Pratt, ele é muito mais que o galã do momento. Com certeza o melhor personagem é o androide/bartender Arthur, interpretado por Michael Sheen ( Masters of Sex). Não esquecendo da talentosíssima Jennifer Lawrence, posso dizer que ela encarnou uma personagem diferente das costumeiras e viveu na pele da personagem Aurora, momentos emocionantes com cenas de grande impacto onde pode mais uma vez mostrar seu talento.

arthur

2016 foi o ano das ficções científicas, chegamos já ao mundo em que os androides estão substituindo os humanos, se não na vida real, com certeza no cinema, já que alguns dos melhores personagens de obras que feitas no ano passado foram essas maquinas/pessoa.

 

Este filme é cheio de simbolismos e menções “subliminares” a outros filmes. Temos “Bela Adormecida”, “Aladdin”, “Titanic”. Ele não para apenas nas analogias cinematográficas, apesar de se passar no espaço, há claramente uma analogia com naufrágio, sobre Adão e Eva, e uma menção à divisão de classes sociais. Há aqui também um dilema moral entre egoísmo e altruísmo.

 

Esta super produção com certeza irá agradar tanto aos aficcionados por sci-fi, como os que adoram filmes românticos.

 

Por Luciana Costa

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