PARIS 8
Paris 8 é o nome de uma importante faculdade pública federal de Paris, na França, onde este filme se passa. Achei curioso este nome, pois a faculdade em nenhum momento, para mim, chega a ser um personagem importante. Acredito que o nome original “Mes Proviciales”, (em uma tradução livre é algo como “Meus provincianos”), faça muito mais sentido com a proposta da história, pois o personagem principal e seus amigos mais próximos são fãs e completamente apaixonados pelas obras cinematográficas clássicas, assim os tornando pessoas que só curtem esse tipo de cinema, achando tudo o que é novo ruim e fora do que eles consideram arte.
Sinopse: “Etienne vai a Paris para estudar cinema na Sorbonne. Chegando lá ele conhece Mathias e Jean-Noël, que compartilham sua paixão por filmes. Conforme passam o ano estudando, precisam enfrentar os desafios da amizade e do amor, além de escolher batalhas artísticas.”
Eu particularmente não gostei tanto do filme. Com uma direção lenta feita pelo diretor Jean-Paul Civeyrac (Mon Amie Victoria) me vi muitas vezes com tédio durante a projeção e querendo que o mesmo acabasse logo com as suas longínquas 2h17. Não apenas isso me incomodou, o fato dos personagens em volta do protagonista saberem exatamente sobre tudo e com opiniões totalmente formadas e com argumentos prontos para rebater o outro a qualquer momento. Ninguém conversa desse jeito, o que me causou uma leve sensação de pretensão vinda do diretor, já que ele também é o roteirista.
Eu gosto muito de fotografia em preto e branco, sempre acho ela linda e de bom gosto. Aqui até que foi usada com um propósito, já que os personagens têm sempre a cabeça voltada para os grandes clássicos do passado. Essa escolha de cores deixa eles exatamente como se fossem objetos retrógrados, do passado, o que aumenta os seus discursos contra o que é novo e contra o que é “mainstream” nas telas de cinema. Como se o colorido não fosse cinema de verdade.
Esse não é definitivamente o meu estilo de filme, e olha que curto de tudo. Sempre estou aberto a recepcionar o que é novo sempre respeitando o que o passado já nos trouxe. Acredito que algumas pessoas gostem ou até mesmo amem este longa, mas infelizmente não foi o que aconteceu comigo, Nunca digo que um filme é ruim, pois sempre penso no trabalho e em quanto suor foi gasto na produção, mas definitivamente esta obra não foi para mim.